Após dois meses do desaparecimento da estudante Rairleny Ganum da Silva, de 19 anos, e Arnaldo Reis Praxedes, 63 anos, as famílias dos dois continuam sem saber o que pode ter acontecido. Nesta terça-feira (2) a mãe de Rayrlene, Rarifa Ganum, de 50 anos, disse temer que a filha tenha sido sequestrada por ele. Porém, Conceição Praxedes, irmã do idoso, disse ao G1 que não acredita nessa hipótese.
“Apesar de manter pouco contato com ele [irmão] não acho que ele sequestrou a jovem. Nossa família encontra-se na mesma situação que a da jovem Rairleny, estamos aflitos por não saber a motivação do acontecido, por não sabermos nenhuma notícia que possa nos tranquilizar. Todos os membros da família estão com o mesmo sentimento e precisando de informações”, lamenta Conceição.
Caso segue sob investigação
O delegado responsável pelo caso, Pedro Paulo Buzolin, reafirmou que nenhuma hipótese foi descartada, entre elas sequestro, homicídio e latrocínio.
A Polícia Civil, segundo ele, aguarda dados que ainda não foram entregues para serem analisados. “Por enquanto não temos novidades, mas o caso segue sob investigação”, destaca o delegado.
A mãe da estudante relata que os filhos da jovem são os que mais sentem a falta dela. Sem perder as esperanças, ela diz sonhar com o retorno da filha para casa.
“Para mim, no meu coração, foi ele quem sequestrou minha filha. Não temos informações, não sabemos de nada. É muito difícil, toda a família está muito ruim. Não perco a esperança e creio que minha filha está viva”, afirma.
Entenda o caso
Os dois estão desaparecidos desde o dia 2 de junho. De acordo com os familiares da jovem, ela estava em casa quando Praxedes teria ido buscá-la com a promessa de que teria encontrado um emprego para ela, depois disso não foram mais vistos.
O carro de Praxedes foi encontrado no dia seguinte incendiado. Além disso, a polícia informou que a casa do aposentado foi invadida e dois televisores roubados.
Para cobrar respostas das autoridades, um grupo de familiares e amigos da estudante realizou um protesto, no dia 6 de junho, e fechou a Rua do Divisor, no Bairro Vitória, em Rio Branco, por pelo menos uma hora.
Os dois têm um filho de quatro anos e a menina possui também uma filha de dois, de outro relacionamento. A família do aposentado diz que também não tem notícias ou suspeitas do que poderia ter acontecido.