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Durante ataques no AC, grupo grava vídeo falso de facção e 2 são presos

dupla_foi_presa_por_ameaca_e_apologia_ao_crime_apos_gravarem_videos_durante_atentados_no_acEm meio à onda de ataques em Rio Branco, os jovens Ronilson Rodrigues da Silva, de 20 anos, e Talisson Gomes, de 19 anos, foram presos, na madrugada desta sexta-feira (19), por gravarem e divulgarem um vídeo com ameaças de atentados e a policiais. Os dois, no entanto, alegaram que a gravação tratava-se apenas de uma “brincadeira de mau gosto”.


Uma série de ocorrências foi registrada, desde a quarta-feira (17), na capital acreana, motivada após a morte de um assaltante em uma troca de tiros com a Polícia Militar. Apenas na terceira noite de ataques, na quinta-feira (18), houve o registro de quatro ocorrências, 12 pessoas presas e dois menores apreendidos.


As imagens do vídeo falso, gravado em uma casa no bairro São Francisco, mostram ao menos 11 pessoas encapuzadas. Um dos participantes diz que o grupo faz parte de uma facção criminosa e faz ameaças a policiais.


“Mataram nosso irmão, vamos fazer o bagulho ferver e tacar fogo na cidade. Tá [sic.] ouvindo né [sic.], polícia, a hora de vocês está chegando”, falou.


Na Delegacia de Investigação Criminal (DIC), onde foram apresentados, Gomes disse que eles começaram a gravar o vídeo depois de terem bebido. Segundo o jovem, a ideia foi de outro homem que também aparece nas imagens.


“Na hora que fomos fazer isso estávamos sob efeito de bebida e de droga. Só coloquei o capuz para não ver minha cara, mas não adiantou. A ideia foi de um meliante que tava [sic.] mais bêbado que nós tudo [sic.]”, afirmou.


Na ocasião, Silva pediu perdão. “Nós estava [sic.] tudo [sic.] bêbedo e drogado. Foi uma brincadeira de mau gosto. Nós pede [sic.] perdão. Desculpa por ter falado aquilo, foi inocentemente. A gente só conhece a facção pelo jornal”, acrescentou.


A Polícia Civil informou, por meio da assessoria de comunicação, que os dois devem responder por ameaça e apologia ao crime. Eles devem ser conduzidos para audiência de custódia, onde o Poder Judiciário decide sobre a manutenção ou não da prisão.


Início dos ataques
A onda de atentados iniciou após Macio Pires Teles do Nascimento, de 18 anos, morrer em uma troca de tiros com a polícia no bairro Vila Acre. Nascimento teria feito uma família refém durante um assalto e, ao tentar fugir, entrou em confronto com a PM, que acabou revidando. Inicialmente, a polícia informou que o assaltante era menor de idade, mas depois o Instituto Médico Legal (IML) confirmou a identidade de Nascimento.


Após uma madrugada com nove ocorrências, entre elas a perda total do arquivo cultural do Parque Capitão Círiaco, o secretário de Segurança Pública, Emylson Farias, anunciou o reforço de 373 membros das polícias Militar, Civil, Federal e Rodoviária Federal (PRF), Exército, Corpo de Bombeiros, Batalhão de Policiamento de Trânsito (BPTrans). Representantes do Ministério Público (MP-AC) e do Judiciário participam da operação.


Na segunda noite, na quinta-feira (17), cinco cidades acreanas sofreram algum tipo de atentado, segundo informações da Segurança Pública. Ao todo, houve o registro de 16 ocorrências e 34 foram presas suspeitas de envolvimento nos ataques.


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