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Dois senadores do Acre votaram a favor do julgamento de Dilma

FOTO-DOS-SENADORESDos três senadores do Acre em exercício, dois votaram a favor de que a presidente afastada, Dilma Rousseff, seja levada a julgamento pela Casa. Ao todo, o processo teve 59 senadores a favor e 21 contra.


Com isso, ela passa à condição de ré no processo, segundo informou a assessoria do Supremo Tribunal Federal (STF). O julgamento final da presidente afastada está previsto para o fim do mês no plenário do Senado.


Gladson Cameli (PP-AC) destacou que a história do Brasil está sendo escrita pelos parlamentares que não são coniventes com os crimes.


“Hoje a história do Brasil está sendo escrita pela maioria de parlamentares que não toleram crimes contra o dinheiro do contribuinte, que não aceitam a incompetência na gestão dos recursos públicos, que não acreditam em um Brasil, onde o Estado é meramente instrumento de pilhagem por um grupo político”, disse.


Já Jorge Viana (PT-AC), que é contra o processo, destacou que o Brasil passa por um golpe.


“Estamos escrevendo mais uma página da mais antiga instituição da república, que é o Senado Federal, que está perto de completar 200 anos. Alguns adversários, que respeito por divergirem da nossa posição, usam do fato de vossa excelência está presidindo essa sessão, como se isso fosse uma chancela no golpe parlamentar que está sendo implementado no Brasil nesse processo de impeachment”, enfatizou.


Sérgio Petecão (PSD-AC) destacou que o processo tem refletido de forma positiva na economia do país. “Desde o afastamento, sentimos sinais positivos vindo do mercado e dos investidores. Mostra que algo estava errado, muito errado, e que o país estava imerso em uma falta de credibilidade sem precedentes”, finaliza.


Próximos passos
Com a conclusão da votação do relatório, após a análise dos destaques, o processo irá a julgamento final no plenário do Senado no fim do mês.


A acusação recebeu prazo de até 48 horas após a sessão encerrada na madrugada desta quarta-feira para apresentar uma peça, chamada no jargão jurídica de “libelo acusatório”.


Esse documento nada mais é do que uma consolidação das acusações e provas produzidas. Eles também deverão apresentar um rol de testemunhas a serem ouvidas.


Um dos autores da denúncia, o jurista Miguel Reale Júnior, já comunicou ao Senado que entregará o libelo acusatório em 24 horas e que deve apresentar uma lista só com três testemunhas das seis a que tem direito.


Em seguida, a defesa terá 48 horas para apresentar uma resposta, a contrariedade ao libelo, e também uma lista de seis testemunhas. José Eduardo Cardozo, advogado de Dilma, já disse que usará todo o prazo a que tem direito.


Todos os documentos são encaminhados para o presidente do Supremo, a quem caberá marcar uma data para o julgamento e intimar as partes e as testemunhas. Deverá ser respeitado um prazo de dez dias para se marcar o julgamento.


Assim, Lewandowski já teria condições de marcar uma sessão de julgamento para o dia 25 de agosto. Mas ainda há uma indefinição com relação à data.


Uma das possibilidades é que o presidente do STF marque o julgamento para o dia 29, com  uma semana de duração. Aliados do presidente em exercício, Michel Temer, no entanto, pressionam para que o início do julgamento seja antecipado.


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