O Conselho Regional dos Médicos no Acre (CRM-AC) divulgou, a pedido do G1, o número de investigações contra profissionais no estado registradas até agosto de 2016.
Contabilizadas desde 2014, o órgão contabiliza ao todo 161 procedimentos, destes 130 são sindicâncias e 31 processos ético-profissionais. O conselho destaca ainda que o médico pode acumular mais de uma denúncia.
Uma sindicância é aberta após uma denúncia firmada no CRM. Após isso, o processo é enviado à corregedoria, que nomeia alguém para investigar, em seguida é passado para a câmara de julgamento, que decide pelo arquivamento da sindicância ou abertura de processo.
Caso haja um processo, um instrutor é designado para ouvir as testemunhas e o profissional e em seguida o caso é levado para julgamento no pleno do conselho na presença dos envolvidos e seus procuradores. Se a denúncia for comprovada, o profissional pode sofrer penas disciplinares, que vão desde advertência ate a suspensão ou cassação do exercício profissional.
O presidente do Sindicato dos Médicos do Acre, José Ribamar, relaciona às denúncias também ao sistema da Saúde, como um todo.
“Às vezes é uma insatisfação do usuário em relação ao sistema. Pode ser uma demora no atendimento, em um exame, e é por isso que nós lutamos por melhorias nas condições de trabalho. O médico está na ponta, ele representa todo o sistema de saúde”, alega.
Sobre as denúncias, Ribamar diz ainda que todo profissional do sindicato que é denunciado é acompanhado pelo setor jurídico, que tem três advogados. E para evitar erros recorrentes, Ribamar diz que tem apostado em palestras e cursos de aprendizado na área.
“No mês do médico, em outubro, sempre procuramos fazer eventos voltados para esses profissionais com palestras de advogados especialistas. Também ficamos abertos para tentar identificar que áreas que causam esses estrangulamento na saúde e verificar as áreas onde esses problemas de condições de trabalham acabam afetando no atendimento do profissional”, finaliza.