O comércio varejista fechou o primeiro semestre do ano com queda nas vendas, mas se aproxima o dia dos pais, data comemorativa em que pelo menos alguns setores esperam recuperar o prejuízo.
Segundo pesquisa da Fecomercio, 70% dos acrianos têm intenção em presentear nessa data, por outro lado, os comerciantes estão aguardando pra ver a reação dos consumidores nessa época.
Segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de geografia e Estatística (IBGE), as vendas no comércio do Acre acumularam queda de 10,4%, entre janeiro e julho de 2016. Na ordem, sentiram mais o recuo no consumo, móveis e eletrodomésticos (-9,7%), combustíveis e lubrificantes (-8,9%), artigos de uso pessoal e doméstico (-8,4%) e os hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-2,9%).
Para a Federação do Comércio do Acre, (Fecomercio), a queda nas vendas está ligada a crise econômica, que mudou hábitos do consumidor. “O consumidor está restritivo na hora da compra. Ele passa a comprar produtos e extrema necessidade e fica mais reticente com aqueles produtos que pode deixar pra depois. Isso é reflexo da crise econômica que gera a crise de confiança do consumidor”, explica o superintendente da Fecomercio, Aurélio Cruz.
O empresário Patrick Diógenes sentiu como nunca nos últimos dois anos, o que é crise econômica. Antes, nessa época ele encomendava até 2 mil camisas, e a partir de 2015 passou a renovar o estoque com no máximo 700 unidades. Para ele, o dia dos pais que se aproxima é uma oportunidade a mais de vendas, já que trabalha exclusivamente com artigos masculinos, contudo, o cenário ainda é preocupante.
“A gente aguarda boas vendas, mas durante a semana a gente percebe que o movimento está brando, mas esperamos aquecimento nos últimos dias”, disse.
Segundo a pesquisa da federação, 88% dos empresários do ramo varejista acreditam em vendas regulares no dia dos pais. O levantamento mostra ainda que o setor está com a opinião divida sobre o período. Entre o empresariado, 35% disseram que acreditam em crescimento das vendas e 34% apostam em redução.
“A perspectiva do comerciante é positiva. No máximo que as vendas se mantenham as vendas do ano passado. A expectativa do comerciante é boa”, afirma Aurélio Cruz.
A pesquisa também ouviu consumidores. Mais de 70% disseram ter intenção de presentear no dia dos pais. Entre os itens preferidos estão camisas e bermudas e depois vêm perfumes e sapatos.
A expectativa dos comerciantes é de receber muitos clientes como a Maria Odélia e o filho dela, Isaque Luiz, que já estão no clima do dia dos pais, a caça do melhor presente. “A gente está preparando uma surpresa, com roupas” disse a consumidora.