A dona de casa Edite Silva, de 50 anos, acusa índios isolados de terem saqueado a casa onde mora, no Seringal São Francisco, Rio Muru, em Tarauacá na semana passada. Ela tinha ido para Cruzeiro do Sul acompanhar o marido em um tratamento de visão e deixou a casa aos cuidados do filho e deuma amigo. O ataque teria ocorrido no momento em que os dois não estavam em casa.
O G1 entrou em contato com a Frente de Proteção Etnoambiental Envira da Fundação Nacional do Índio (Funai), mas foi informado que os dois responsáveis, que poderiam falar sobre o ocorrido, estavam em missão e não poderiam se posicionar no momento.
A assessoria da Funai também foi procurada, mas não retornou até a publicação desta reportagem.
“Quando meu filho foi para aula e o rapaz foi trabalhar, os índios brabos entraram na casa e levaram tudo. Colher, rede, panelas e uma cama que tinha lá eles quebraram. O que não conseguiram levar, quebraram. Quando os meninos chegaram, estava só o vão da casa”, conta.
Ela acredita que o grupo estava monitorando o movimento da casa e aproveitou quando o imóvel ficou sem ninguém. “Foram eles, porque os meninos e os vizinhos viram rastros e as casas que eles montaram perto da minha. Fazia tempo que eles rodeavam minha casa também e aproveitaram que ela ficou vazia”, afirma.
A dona de casa diz ainda que ocorrências como essas são comuns na região e que os índios deixam vestígios.
Vivendo da agricultura familiar e com o marido sem enxergar de um olho, Edite pede ajuda para recuperar os utensílios que foram levados. O casal precisa de roupas, calçados, colchões e uma rede. Quem puder ajudar, pode entrar em contato com Oséias Ribeiro pelo número (68) 99908-2964.
