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Bombardeios liderados por sauditas matam ao menos 14 no Iêmen

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A coalizão liderada pela Arábia Saudita realizou seu primeiro bombardeio aéreo em cinco meses na capital do Iêmen, Sanaa, onde rebeldes lutam contra o governo reconhecido internacionalmente.


Nesta terça-feira (9), ao menos 14 pessoas morreram após uma das bombas atingir uma fábrica de batatas fritas, informaram dois médicos e um funcionário da fábrica à agência Associated Press. As vítimas seriam trabalhadores do turno noturno da instalação.


A coalizão, formada ainda por países como Jordânia, Egito e Emirados Árabes, forçou a suspensão de voos para o aeroporto de Sanaa desde a noite desta segunda (8).


Os bombardeios atingiram ainda duas bases dos rebeldes na capital, uma delas próxima ao aeroporto. Forças pró-governo tentam avançar a Sanaa pelo norte e pelo leste da capital, controlada pelos rebeldes da milícia radical houthi.


O ataque ocorre uma semana após a delegação do governo iemenita se retirar das negociações de paz no Kuait, para encerrar a guerra civil que se prolonga há dois anos no país.


O conflito no Iêmen é uma das reviravoltas registradas após as manifestações populares de 2011 no Oriente Médio. O então ditador Ali Abdullah Saleh foi forçado a renunciar.


Iemenitas reuniram-se em um diálogo nacional para discutir o futuro do país, no que foi visto como um exemplo para a região.


A transição, no entanto, foi menos auspiciosa do que o esperado. Em 2014, a milícia houthi -em constante atrito com o governo- tomou Sanaa e no início do ano seguinte decidiu dissolver o Parlamento.


Em 2015, o confronto escalou, com a entrada de outros atores regionais. Uma coalizão liderada pela Arábia Saudita passou a bombardear posições dos houthi.


Os houthi são aliados do ex-ditador Saleh e supostamente apoiados pelo Irã e pela milícia xiita libanesa Hizbullah. Assim, a guerra espalhou-se por esse país e tornou-se internacional.


Os negociadores do governo aceitaram a proposta feita pelas Nações Unidas. Os rebeldes da milícia houthi, no entanto, recusaram os termos, que incluíam sua retirada de três cidades iemenitas tomadas durante embates, incluindo Sanaa. Com informações da Folhapress.


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