Após ataques, presos no AC queimam colchões em protesto contra revistas

presidioPresos do Pavilhão K do presídio Francisco d’Oliveira Conde, em Rio Branco, bateram grades e queimaram colchões em protesto, de acordo com o governo do Acre, contra as revistas que estão ocorrendo na unidade.


A situação ocorreu nesta sexta-feira (19), mas, segundo a direção da unidade, já foi contornada.


“Os agentes foram fazer uma revista de rotina e eles resistiram”, disse o diretor da unidade, Rames Mesquita. De acordo com o Instituto de Administração Penitenciária (Iapen-AC), policiais e detentos tiveram ferimentos leves durante a contenção do movimento.


Em nota, o Iapen disse ainda que “a conduta dos detentos será apurada em procedimento http://ecosdanoticia.net/wp-content/uploads/2023/02/carros-e1528290640439-1.jpgistrativo”. O órgão, no entanto, não divulgou números e nem o resultado da revista.


Familiares dos presos também fizeram um ato e fecharam a entrada da unidade. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Acre (Sesp-AC), uma comissão formada alguns desses parentes foi formada para debater a situação com o Iapen-AC.


As revistas na unidade fazem parte das ações tomadas pela Secretaria de Segurança Pública do Acre (Sesp-AC) após a onda de ataques criminosos que tem ocorrido em cidades do estado. Na quinta-feira (18), os agentes já haviam encontrado 46 celulares, além de facas e estoques durante revista no Pavilhão L.


Início dos ataques
A onda de atentados iniciou após Macio Pires Teles do Nascimento, de 18 anos,morrer em uma troca de tiros com a polícia no bairro Vila Acre. Nascimento teria feito uma família refém durante um assalto e, ao tentar fugir, entrou em confronto com a PM, que acabou revidando.


Inicialmente, a polícia informou que o assaltante era menor de idade, mas depois o Instituto Médico Legal (IML) confirmou a identidade de Nascimento.


Após uma madrugada com nove ocorrências, entre elas a perda total do arquivo cultural do Parque Capitão Círiaco, o secretário de Segurança Pública, Emylson Farias, anunciou o reforço de 373 membros das polícias Militar, Civil, Federal e Rodoviária Federal (PRF), Exército, Corpo de Bombeiros, Batalhão de Policiamento de Trânsito (BPTrans). Representantes do Ministério Público (MP-AC) e do Judiciário participam da operação.


Na segunda noite, na quinta-feira (17), cinco cidades acreanas sofreram algum tipo de atentado, segundo informações da Segurança Pública. Ao todo, houve o registro de 16 ocorrências e 34 foram presas suspeitas de envolvimento nos ataques.


Em coletiva de imprensa, nesta sexta-feira (19), a Segurança Pública apontou uma redução no número de ataques no Acre durante a madrugada desta sexta-feira (19). Na terceira noite de atentados, sexta (19), foram registradas quatro ocorrências. Ao todo, 12 pessoas foram presas e dois adolescentes apreendidos durante a madrugada.


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