Alegando crise, Samu estuda demitir 20 motoristas de ambulância no AC

samuO Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) anunciou, na segunda-feira (15), que estuda a possibilidade de demitir 20 condutores de ambulância. Segundo a coordenadora do serviço, Lúcia Carlos, membros do Corpo de Bombeiros devem conduzir os veículos. A coordenadora explica que a crise econômica é um dos principais fatores para as demissões e afirma que há necessidade de contenção de gastos.


“Ninguém quer interromper serviços, mas precisamos buscar formas de reduzir custos, conter gastos. Infelizmente essas mudanças são necessárias, mas em nenhum momento queremos prejudicar nenhum servidor”, disse.


Lúcia explica que os 20 motoristas foram contratados pelo Serviço Social de Saúde do Acre (Pró-Saúde) em regime celetista, quando é celebrado um contrato de trabalho e não há concurso público.


Dessa forma, segundo ela, eles possuem limitações com carga horária e não podem prestar serviços em municípios como Porto Acre e Capixaba.


Ela destaca ainda, que os profissionais celetistas que atuam hoje também foram aprovados em um concurso público para contratação de condutores em 2015 e podem ser convocados posteriormente.


“Nesse regime eles precisam parar a cada 12 horas para uma ou duas horas de folga. As emergências são imprevisíveis. Tudo foi bem analisado e estudamos a possibilidade de os bombeiros darem suporte. A viatura 01, por exemplo, sempre foi conduzida pelos bombeiros. Nada está definido ainda, essas pessoas podem nem ser demitidas. Quando houver novas chamadas essas pessoas terão prioridade”, explica.


Sindicato rebate alegações
O presidente do Sindicato dos Condutores de Ambulância do Estado do Acre (Sindconam-AC), Marcos Figueiredo, diz que apesar da crise econômica a http://ecosdanoticia.net/wp-content/uploads/2023/02/carros-e1528290640439-1.jpgistração do Samu deve pagar até R$ 1,9 mil a mais para que os bombeiros dirijam as viaturas. A coordenadora do órgão afirma que não tem conhecimento de nenhum aumento salarial para que os militares assumam.


“Eles dizem que é para conter gasto, mas os bombeiros vão ganhar muito mais que nós. Hoje,um salário base de um condutor é R$ 1,2 mil, os bombeiros vão chegar para receber R$ 1,7 até R$ 1,9 mil a mais. Estamos vendo o que é possível fazer, vamos tomar as providências cabíveis. Não podemos admitir que 20 pais de família fiquem na rua”, finaliza.


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