Atentados se estenderam para Cruzeiro do Sul e Senador Guiomard.
Segurança Pública deve divulgar balanço.
Mesmo com o reforço de mais de 300 agentes da Segurança Pública, o Acre teve a segunda noite de ataques em represália à morte de Macio do Nascimento, de 18 anos, que trocou tiros com a polícia na terça-feira (17). Na primeira noite de ataques, na quarta (17), nove ocorrências ligadas aos ataques foram registradas. Nesta quinta-feira (18), ainda não há balanço completo, mas ocorreram em ao menos três cidades.
Os ataques geraram pânico entre a população, que chegou a divulgar nas redes sociais e aplicativos de mensagem toque de recolher. Porém, a Segurança negou o boato.
O balanço de todas as ocorrências deve ser apresentado ainda na manhã desta quinta-feira (18) durante coletiva de imprensa. Porém, a assessoria confirmou que houve ataques em Cruzeiro do Sul, Rio Branco e Senador Quiomard, onde teriam sido queimados três caminhões e seis ônibus escolares. As ocorrências começaram a ser registradas a partir das 21h.
Em sua página no Facebook, o prefeito da cidade, James Gomes, desabafou e disse que deve se reunir hoje com os órgão competentes.
“Fui acordado com uma péssima notícia. Durante esse tempo troquei toda frota de escolares. Criminosos atearam fogo nos nossos ônibus. O vigia acionou a polícia e bombeiros que evitaram maiores prejuízos. Vou me reunir com a equipe para saber o que fazer sobre o transporte dos alunos. Mais segurança! Não a criminalidade”, postou.
Em Rio Branco, foram registrados incêndios em uma ponte de madeira, em um quiosque, que fica no Parque da Maternidade, e também em um ônibus da Segurança Pública, na BR-364.
Através de sua assessoria, a Secretaria de Segurança Pública (Sesp-AC) informou que uma operação integrada iniciou por volta das 17h de quarta-feira (17) e segue por tempo indeterminado para reforçar o policiamento durante os ataques.
Início dos ataques
As ondas de atentados iniciaram nesta quarta-feira (17) em Rio Branco após Macio Pires Teles do Nascimento, de 18 anos, morrer em uma troca de tiros com a polícia no bairro Vila Acre. Nascimento teria feito uma família refém durante um assalto e, ao tentar fugir, confrontou a Polícia Militar, que acabou revidando.
Inicialmente a polícia informou que o assaltante era menor de idade, mas depois o IML confirmou a identidade de Nascimento.
Após uma madrugada com ao menos nove ocorrência de ataques, entre eles a perda total do arquivo cultural do Parque Capitão Círiaco. Em resposta aos ataques, o secretário de Segurança Pública, Emylson Farias, anunciou o reforço de 373 membros das polícias Militar, Civil, Federal e Rodoviária Federal (PRF), Exército, Corpo de Bombeiros, Batalhão de Policiamento de Trânsito (BPTras), além de representantes do Ministério Público do Acre (MP-AC) e do Judiciário participam da operação.