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Soldado do EI, autor de atentado em Nice era bissexual e usava aplicativo para encontros sexuais

irmaoMohamed Lahouaiej Bouhlel, de 31 anos, autor do atentando em Nice, no Sul da França, que matou mais de 80 pessoas, era bissexual e usava um aplicativo para samrtphones para ter encontro sexuais com homens e mulheres. Detalhes da vida pessoal do motorista franco-tunisiano, que era divorciado e tinha três filhos, foram divulgadas, na noite deste domingo, três dias após seu celular ter sido apreendido. As informações são do jornal “Daily Mail”.


O aparelho telefônico foi encontrado pela polícia ao lado do corpo de Bouhlel, que foi morto a tiros, dentro do caminhão usado para atropelar as vítimas. Segundo a publicação britânica, o comportamento de Bouhlel é condenado por militantes do Estado Islâmico (EI), grupo terrorita que reivindicou o ataque e não permite o relacionamento entre pessoas do mesmo sexo.


A polícia também descobriu que Bouhlel adorava fazer selfies. Inclusive, pouco antes do ataque, ele fez uma foto dentro do caminhão que dirigia. Pelo celular, ele também mandou uma mensagem a um contato, ainda não relevado, solicitando mais armamento para promover o atentado.


Com as informações encontradas no telefone, a polícia francesa já identificou e prendeu sete pessoas, que ainda não foram identificadas, suspeitas por envolvimento no atentado. Cerca de 200 oficiais trabalham, nesse momento, para extrair o máximo de dados do aparelho.


Família desmente


O irmão de Bouhlel, Jaber, desmentiu o EI e negou que o motorista fosse um terrorista. A declaração foi feita no mesmo no mesmo dia em que uma agência de notícias do grupo jihadista Estado Islâmico reivindicou a autoria do ataque. De acordo com Jaber Bouhlel, o irmão dele sofria de problemas mentais e era violento. As informações são do jornal “Daily Mail”.


“Meu irmão não era um terrorista”, garantiu Jaber. Ele disse que Mohamed Bouhlel não era um islâmico radicalizado, mas um um homem doente: “Entre 2002 e 2004, ele teve problemas que o levaram a uma crise nervosa. Ele ficava nervoso e quebrava tudo na frente dele. Ele era violento, muito doente. Chegamos a levá-lo a um médico. Ele tomava remédios”, explicou.


Jaber acrescentou que, nos últimos dias, o irmão estava deprimido por ter se separado da mulher, que mora em Nice.


Estado Islâmico


As declarações de Jaber contrariam o que foi divulgado, neste sábado, pelo Estado Islâmico. Segundo a agência “Aamaq”, o autor promoveu o ataque em resposta a pedidos de manter como alvo cidadãos de países que formam a coalizão liderada pelos EUA para combater os jihadistas islâmicos.


O comunicado não citou o nome de Mohamed, mas sugeriu que o autor do ataque pode ter agido de forma independente.


Atentado


O suspeito pelo atentado em Nice, no Sul da França, que deixou pelo menos 84 mortos, se passou por um vendendor de sorvete para enganar policiais e ficar no Passeio dos Ingleses, via onde atropelou as vítimas. As informações são do jornal britânico “Express”.


De acordo com a publicação, o homem alugou o caminhão que usou no atentado há dois dias. Dentro do veículo estavam armas pesadas, como rifles, e granadas.


Ele ficou rodando por ruas de Nice por cerca de nove horas antes de se dirigir ao Passeio dos Ingleses, onde esperou a multidão se reunir para assistir à queima de fogos em comemoração ao dia da Bastilha (14 de julho).


Em seguida, ele contou para policiais que estaria vendendo sorvetes para ter acesso ao público. Foi quando iniciou o ataque. O franco tunisiano dirigiu por cerca de 2 quilômetros, antes de ser morto pela polícia. Dezenas de pessoas também ficaram feridas no ataque.


De acordo com o “Express”, embora o acesso de caminhões seja restrito durante celebrações como a desta quinta-feira, veículos de entregas e vendas são permitidos.


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