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Quadrilha Pega Pega aborda deficiência visual em apresentação

13509109_680885138718462_7765238576931669062_nRoupas vermelhas e o desenho de um olho no chapéu dos homens para mostrar que “O que os olhos não veem, o coração sente”. Esse é o tema da Quadrilha Pega Pega em 2016, que após ficar em terceiro lugar no Circuito Junino, se prepara para a competição estadual. Completando 20 anos, o grupo que foi campeão em 2015 vai abordar o preconceito com os deficientes visuais.


Contrariando o ditado popular, o grupo pretende provar que é possível sim enxergar sem a visão. “Deficiente visual consegue sim enxergar, ele enxerga com o coração e é nesse sentido que queremos trabalhar, emitindo uma energia que o público não precisa necessariamente ver, mas vai poder sentir”, explica Cimá dos Santos, diretor da quadrilha.


O repertório é específico e com inspiração na música Assum Preto de Luís Gonzaga, a quadrilha Pega Pega terá uma banda ao vivo para guiar a apresentação. O casamento na roça também vai abordar o tema com um noivo que fica cego na infância. Ao todo, o grupo conta com cerca de 100 pessoas, entre dançarinos, atores e produtores.


Faltando poucos dias para o Arraial Cultural do estado, que ocorre de 4 a 10 de julho, a quadrilha segue uma rotina de ensaios diários das 19h às 21h30. “Ensaiamos de segunda à sábado para corrigir detalhes da coreografia, ajustar figurino e corrigir a apresentação”, comenta Santos.


Para este Arraial, Santos fala que o grupo conta com a participação e motivação da plateia para conquistar o título de campeão mais uma vez.


“Se for um público igual ao dos outros anos, que nos assiste e sempre aplaude de pé, já está garantido. Mesmo se não ganharmos, o aplauso do público é o melhor título. A gente sabe que os grupos que participam são de uma qualidade muito grande, mas esperamos que o estadual tenha muita animação e energia boa, um São João de paz aqui no Acre”, afirma o diretor.


A quadrilha Pega Pega foi criada no bairro da Baixada e hoje tem componentes de até 20 bairros adjacentes. Para Santos, a diferença e destaque do grupo vai para a energia. “Temos uma animação incondicional. A energia que a agente transmite ao responder os passos, ao animar a apresentação, além da coreografia que tem um desenho bonito e um diferencial bacana”, aposta.


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