Por falta de pagamento, delegacia no interior do Acre tem internet cortada

delegacia_cruzeiroÚnica unidade da Polícia Civil em Cruzeiro do Sul, interior do Acre, a Delegacia Geral do município está desde a última quarta-feira (13) sem acesso à internet por falta de pagamento. Segundo os agentes, ao menos três faturas estão em atraso e a situação tem interferido nos processos de investigação.


Ao G1, a Secretaria de Segurança Pública do Acre (Sesp-AC) alega que os pagamentos foram suspensos por causa da má qualidade do serviço prestado pela operadora dos serviços de internet e deve permanecer dessa forma até que a empresa se adeque aos moldes do contrato. Ainda segundo a pasta, o mesmo problema acontece em Feijó e não há data prevista para que seja resolvido.


Enquanto isso, sem internet na delegacia, os agentes reclamam que serviços como envio de ofícios, consultas processais, identificação de suspeitos e outros relacionados a investigações são prejudicados.


Um agente, que não quis se identificar, diz que a situação é antiga e que por um tempo os próprios policiais pagavam para ter internet na delegacia.


“Passamos mais ou menos um ano pagando pelo serviço e nunca tinha atrasado, isso tem uns dois anos. Até que foi informado que a Sesp assumiria a conta, aí cortaram. Dificulta os trabalhos de investigação, às vezes você quer fazer uma busca, mostrar suspeitos que estão no sistema e não dá. É difícil”, desabafa.


Carceragem interditada e falta de manutenção em veículos
A falta de internet, entretanto, não é o único problema registrado na unidade este ano. No final de maio, agentes denunciaram que não podiam efetuar operações ou mesmo serviços http://ecosdanoticia.net/wp-content/uploads/2023/02/carros-e1528290640439-1.jpgistrativos, pois, as cinco viaturas existentes na delegacia estavam paradas por problemas como falta de combustível, pneus furados e falta de bateria. O problema foi resolvido no começo de junho.


Além disso, desde 30 de junho deste ano, as celas da delegacia foram interditadas, quando a Justiça acolheu um pedido do Ministério Público do Acre (MP-AC). Segundo o órgão, as celas estavam em situação precária e violando preceitos mínimos da dignidade humana.


O espaço passa por reforma, porém, segundo o juiz Hugo Torquato, após a conclusão das obras, uma nova vistoria deve ser feita para determinar se o espaço pode voltar a receber detentos. Enquanto isso, as pessoas presas em flagrante são conduzidas para a penitenciária local ou liberadas mediante assinatura de um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO).


Sumiço de 40 kg de drogas
Outro problema, ocorrido em agosto de 2015 e que permanece sem solução, é o sumiço de 40 kg de drogas de uma das salas da delegacia. O caso está prestes a completar um ano sem que suspeitos tenham sido identificados.


No começo de julho, o MP-AC ingressou com pedido para que o delegado de outra cidade fosse designado para investigar o caso. Há suspeita de que servidores da delegacia tenham envolvimento no sumiço do entorpecente.


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