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Polícia reconstitui noite em que jovem foi morto por policial federal no Acre

reconstituicaoA Polícia Civil realiza na noite desta terça-feira (26) a reconstituição da morte do estudante Rafael Frota, de 25 anos. O rapaz foi morto após ser atingido por ao menos um disparo efetuado pelo policial federal Victor Campelo, de 23 anos, dentro de uma boate de Rio Branco na madrugada do dia 2 de julho.


Segundo a Polícia Civil, Campelo, que segue preso na sede da Polícia Federal no Acre, a namorada dele, Lavínia Melo, de 19 anos e os jovens apontados como responsáveis pela confusão que teria motivado os tiros, retornaram à casa noturna, no bairro Aviário, para participar da simulação.


Além deles, o delegado Rodrigo Noll, responsável pelo caso, o diretor do Departamento  de Polícia Técnico-Científica (DPTC), Haley Vilas Boas, membros do Ministério Público Estadual do Acre (MP-AC) e agentes da Polícia Federal acompanham o trabalho. A Polícia Militar (PM-AC) também está no local dando suporte para as equipes.


Ainda de acordo com  a polícia, a reconstituição começou às 19h30 e não tem hora para acabar.O delegado deverá se pronunciar sobre o caso apenas após a finalização dos trabalhos.


Entenda o caso
A Polícia Federal (PF-AC) alegou na época que os disparos foram feitos em legítima defesa, já que Victor Campelo teria sido agredido por várias pessoas e puxou a arma ao cair no chão. Um dos tiros acertou Frota, que chegou a ser socorrido, mas não resistiu. Outro homem e o próprio policial também ficaram feridos.


Um dia depois do ocorrido, o policial federal foi encaminhado à audiência de custódia, onde a Justiça do Acre decidiu pela manutenção da prisão. O Tribunal da Justiça (TJ-AC) afirmou que o suspeito alegou legítima defesa, mas o argumento não convenceu o juiz. A PF-AC informou que Campelo está custodiado na sede do órgão.


Familiares de Frota fizeram um ato, no dia 21 de julho, no Centro da capital acreana para pedir justiça. O pai do jovem, Gutemberg Frota, disse que a iniciativa é uma tentativa de sensibilizar a sociedade para que crimes dessa natureza não fiquem impune.


O delegado de Polícia Civil, Rodrigo Noll, responsável pelas investigações, afirmou, nesta quarta-feira (20), que inquérito deve ser concluído até a próxima semana. Ele disse aindaque mesmo com o resultado dos laudos periciais, outros procedimentos ainda precisam ser tomados. Em seguida, o caso vai ser encaminhado ao Poder Judiciário.


“Acredito que na semana que vem o inquérito deva ser concluído. Ainda existem algumas coisas faltando e diligências para serem feitas. Mais testemunhas ainda devem ser ouvidas”, finalizou o delegado.


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