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Polícia prende 2º suspeito em morte de homem que teve rosto desfigurado

raimundononatoA Polícia Civil de Cruzeiro do Sul, interior do Acre, prendeu nesta quarta feira (20) o segundo suspeito de participação na morte de Raimundo Nonato do Nascimento Silva, de 35 anos.


A vítima foi encontrada com o rosto desfigurado em um trecho da Avenida Coronel Mâncio Lima, no dia 12 de junho.


Marcelo Alves de Souza, de 24 anos, já havia sido preso no dia 14 de junho, porém, foi solto no mesmo dia. Na época, ele alegou que havia apenas levado um adolescente de 17 anos, que confessou o crime, até o local onde a vítima foi morta e ajudado a furtar o celular de Silva.


A versão havia sido confirmada pelo menor e o delegado responsável pelo caso, Elton Futigami, afirmou que a polícia não acreditava que o homicídio havia sido premeditado.


Os agentes, contudo, desconfiaram da versão e continuaram a investigação. “O Marcelo depois confessou ter ajudado o menor a matar a vítima e teria sido o autor do primeiro golpe, com um pedaço de madeira, na cabeça da vítima. Depois os dois continuaram com as agressões até o óbito”, explica Futigami.


O delegado diz ainda que as investigações devem prosseguir, já que a morte ainda não foi completamente esclarecida.


“O exame constatou que a vítima foi enforcada e nenhum dos dois confessa. A dupla limita-se a dizer que mataram a vítima com pauladas”, enfatiza.


O mandado de prisão foi expedido pelo juiz da 1ª Vara Criminal da Comarca de Cruzeiro do Sul e o segundo suspeito encaminhado para o Presídio Manoel Neri. Tanto o adolescente quanto Souza devem ser indiciados por homicídio qualificado.


Entenda o caso
Por estar com o rosto desfigurado, o corpo de Raimundo Nonato do Nascimento Silva só foi identificado no dia 13 de junho.


Segundo a mãe de Silva, Raimunda Nonata do Nascimento, de 57 anos, o filho vinha sofrendo ameaças de morte e no dia 11 de junho teria saído de casa por volta de 18h após receber uma ligação.


“Não sei o motivo, ele já ligou várias vezes chorando dizendo que queriam matar ele, mas, a gente não pode imaginar quem fez isso e nem o porquê. Ele não bebia, nem fumava, não mexia com drogas”, disse ao G1 na ocasião.


Ao investigar o caso, a polícia chegou ao adolescente de 17 anos. Na delegacia, o jovem teria dito que a vítima costumava pagar para fazer sexo oral com ele e teria feito ameaças, depois que o adolescente passou a se recusar a manter o envolvimento.


“Ele ameaçou minha mulher e meu filho dizendo que ia matá-los se eu não fizesse o que ele queria. Ele queria que eu tivesse relação com ele e eu não queria”, contou.


O adolescente disse ainda como teria cometido o crime. “Dei uma pancada, ele veio para cima, dei outra e ele veio para cima, daí dei a terceira e ele caiu”, afirmou.


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