Apesar da nomenclatura complexa, esclarecimentos da entomologia forense frequentemente atraem a atenção do grande público, além de gerar esclarecimentos significativos. É um estudo que contribui nas investigações de morte, ajudando a determinar local e tempo dos incidentes de acordo com a fauna encontrada no cadáver e seu estágio de desenvolvimento.
Por isso, a Secretaria de Estado da Polícia Civil, por meio do Departamento de Polícia Técnico-Científica (DPTC), realizou, nos dias 19 e 20, um treinamento especializado na área, destinado a peritos criminais, médicos legistas, agentes de polícia e auxiliares de necropsia. O Acre é o quarto estado da federação a implantar a técnica.
O treinamento foi ministrado pelo doutor em Entomologia Forense, Alexandre
Rodrigues, com vasta experiência no ramo pericial na área urbana, produtos estocados e perícia criminal, além desenvolver um trabalho como pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
“Entendemos que essa especialização traz fortalecimento das atividades investigativas para compor o processo judicial, o qual norteará a Justiça na absolvição ou condenação do réu”, disse o secretário de Polícia Civil, Carlos Flavio Portela.
Conceito
A entomologia forense é a aplicação do estudo da biologia de insetos e outros artrópodes em processos criminais e tem papel fundamental na elucidação e coleta de provas quando há estágio avançado de putrefação.
“Momento esse em que as matrizes biológicas para análise se tornam inviáveis. Para o sucesso da análise, os peritos criminais fazem coletas de vestígios chamados insetos, os quais norteiam a causa mortis e o tempo de morte”, esclarece Haley Vilas Bôas, diretor- geral do DPTC.