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Polícia Civil deflagra quarta fase da Operação Lares em Rio Branco

laresA Polícia Civil realizou, na manhã desta quarta-feira (8), a quarta fase da Operação Lares, que investiga fraude de venda de casas populares em Rio Branco. Três mandados de busca e apreensão foram cumpridos na casa de um ex-secretário da Secretaria de Habitação do Acre (Sehab), outro na casa de um ex-diretor da secretaria e o terceiro na casa de um ex-funcionário da Sehab.


Segundo a polícia, a ação, que teve início às 6h, foi realizada para coletar material de mídia e documentos para perícia.


A terceira fase da Operação Lares, deflagrada no dia 12 de maio, cumpriu 74 ordens judiciais em conjuntos habitacionais em Rio Branco – 37 conduções coercitivas de pessoas beneficiadas em esquema de casas populares, bem como 37 medidas cautelares de afastamento do imóvel.


Em sua segunda fase, realizada no dia 26 de abril, a operação prendeu os diretores executivo e social da Secretaria da Sehab, Daniel Gomes e Marcos Huck, respectivamente. A ex-terceirizada Cícera Silva e a empresária Rossandra Lima, também foram presas. Todos foram apontados pela polícia por envolvimento no esquema que negociava as casas populares.


A primeira fase da Operação Lares foi deflagrada no dia 1 de fevereiro pela Polícia Civil e Ministério e Público do Acre (MP-AC). De acordo com a polícia, funcionários públicos e corretores da Sehab estariam envolvidos em um esquema de fraude na entrega de casas populares. A denúncia foi feita pela própria Sehab e por uma das corretoras que fazia parte do esquema.


A denúncia apontou que mais de 30 pessoas repassaram valores entre R$ 5 mil a R$ 30 mil aos corretores, que prometiam a facilitação da entrega das casas populares. Ainda segundo a investigação, a funcionária da Sehab também facilitava o esquema, que movimentou quase meio milhão de reais, segundo informou a polícia.


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Como cada um agia no esquema, segundo a polícia
Segundo Roberth Alencar, as casas eram vendidas por valores entre R$ 5 mil e R$ 30 mil em conjuntos populares, principalmente no Rui Lino.


O delegado disse ainda que o diretor executivo Daniel Gomes direcionava para quem as casas deviam ser vendidas e determinava a localização dessas casas. “Uma mulher que tem um filho dele tem uma casa, uma amante também. Tudo isso ele direcionava de acordo com o poder que cabia a ele”, explica.


O diretor social Marcos Huck é apontado como aquele que fazia a montagem dos processos e autorizava a fraude. Tanto Huck quanto Gomes foram exonerados pelo governo do estado.


A polícia explica que Huck determinava a venda do imóvel e Cícera, a ex-funcionária terceirizada, cumpria as ordens fraudando documentos para o sorteio das casas. Uma babá que trabalhava para o diretor foi contemplada com uma das moradias.


Já a empresária Rossandra Lima, que confessou ter montado uma doceria em Rio Branco com dinheiro das casas, teria sido recrutada por Cícera e ganhava dinheiro em cima do preço estipulado pela ex-funcionária. “Por exemplo, se uma casa era passada por R$ 5 mil, a Rossandra vendia por R$ 15 mil e ganhava em cima da venda”, destacou.


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