Líderes islâmicos proibiram a utilização do game “Pokemon Go” antes mesmo de ser lançado oficialmente no Egito. Segundo o site Tecnologia & Games, o país considera seus efeitos os mesmos de bebidas alcoólicas, por isso torna-se ilegal, já que o consumo não é permitido pelo Islã.
Para Abbas Shumam, comissionário do imã de al-Azhar, a mais importante instituição islâmica do país, “esse jogo faz com que as pessoas pareçam bêbadas nas ruas e nas estradas enquanto seus olhos estão grudados nas telas dos celulares que as direcionam a locais onde estão os Pokémons imaginários na esperança de capturá-los”.
Para Shuman, a dinâmica do jogo é perigosa, pois o jogador precisa fazer o papel de um treinador e capturar os personagens em ambientes reais a partir de instruções que aparecem na tela do celular. “Será que encontraremos lunáticos entrando em mesquitas, igrejas, prisões e unidades militares na procura dos pokémons desaparecidos? Será que as pessoas vão negligenciar seu trabalho e ficar devotas na caça do pokémon?”, disse.
O game já causou problemas em alguns lugares. Em Auburn, no Alabama, um motorista causou um acidente enquanto jogava Pokémon Go. Segundo a polícia local, o veículo saiu da estrada e bateu em uma árvore. Não houve morte.
Na Austrália, as autoridades emitiram um alerta para jogadores não andarem em locais como túneis para capturar os personagens do jogo e recomendou que tirem “os olhos do telefone e olhem para os dois lados da rua antes de atravessar”.
O aplicativo já ultrapassou o Tinder em número de usuários ativos nos EUA. Ainda não foi lançado no Brasil. A empresa responsável pelo game decidiu bloquear o sinal do GPS e dados para jogadores que não estejam nos locais onde o game foi lançado oficialmente.
