Corpo encontrado é de cabeleireiro desaparecido há 2 dias em Rio Branco

wesley_aguiarO corpo encontrado na noite de segunda-feira (25) em Rio Branco é do cabeleireiro Wesley Aguiar, de 21 anos, conforme informações do Instituto Médico Legal (IML).


O cadáver foi localizado próximo à Arena da Floresta, Segundo Distrito da capital acreana, com os pés amarrados e sinais de violência pelo corpo.


A funcionária pública e tia do jovem, Valdeisa da Silva, de 37 anos, disse que o sobrinho saiu de casa no domingo (24) para participar da Cavalgada, realizada na Via Chico Mendes.


Ela revela que o jovem morava com a mãe e não tinha problemas com drogas, bebidas ou inimigos.


“A gente acredita que ele tinha saído da Cavalgada e estava indo para nossa casa, que fica próximo a Amadeo Barbosa. Como ele morava na Sobral e talvez fosse tarde para voltar, preferiu ir para nossa casa dormir. Ele bebia, mas não ao ponto de cair e aprontar. Era bem tranquilo e um bom menino”, comenta.


A tia diz ainda que o cabeleireiro chegou a publicar uma foto avisando que estava a caminho do evento em uma rede social. Porém, não publicou nenhuma foto durante o trajeto.


“Não sabia que ele estava desaparecido. A irmã dele me ligou hoje [terça-feira, 26] falando que ele não tinha voltado da Cavalgada. Achei estranho porque ele não era disso. Ela veio ao IML para e aqui mostraram uma foto dele. Foi quando soubemos que tinha sido morto”, lamenta.


Homofobia
A funcionária pública diz ainda que a família acredita que o jovem tenha sido vítima de homofobia. Valdeisa afirma que o Aguiar nunca assumiu ser homossexual, mas a família desconfiava e esperava que ele assumisse.


“Acredito que tenha sido crime de homofobia. Não tenho outra hipótese. Não era envolvido em brigas, drogas, não aprontava. Só pode ter sido, mas ainda não sabemos. Nunca falou nada para gente, mas sabíamos que era. Não temos problemas com isso”, diz.


Emocionada com a morte do sobrinho, Valdeisa conta que família deseja justiça. “Espero que alguém pague pelo crime. Se a Justiça da terra falhar, a Justiça de Deus não falha”, conclui. Ao G1, o delegado Cleylton Videira disse que o caso segue sob investigação.


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