Levantamento feito pelo Corpo de Bombeiros do Acre mostrou que, durante este ano, houve o registro de oito mortes por afogamento nos rios do estado. O dado diz respeito ao período entre 1° de janeiro até o último domingo (10) e foram coletados no Sistema Integrado de Gestão de Operação (Sigo), de acordo com o órgão.
Conforme os bombeiros, no mesmo período de 2015, foram registrados 21 vítimas por afogamento. Durante todo o ano passado, esse número chegou a 36 mortes, afirmou o major Cláudio Falcão.
Para Falcão, a preocupação é que acidentes dessa natureza se tornem recorrentes, sobretudo devido ao período de estiagem, que faz com que o Rio Acre atinge baixos níveis. Nesta quarta-feira (13), as águas do manancial em Rio Branco chegaram à marca de 1,83 metro. Apesar da marca, o rio não tem profundidade regular.
“O fundo do rio é irregular. Em determinado momento, ele está bem raso e, de repente, tem alguma irregularidade que pode chegar a seis metros. Isso faz com que aconteçam os acidentes. Aconselhamos que o ideal é evitar banhar-se no rio, principalmente se não conhece o espaço”, orienta.
Falcão diz que aos que insistem tomar banho no rio é importante fazer o reconhecimento do local escolhido. “Evite beber, porque os reflexos diminuem e pode acabar em uma tragédia. Quando se trata de criança, o certo é delimitar a área com cabos e boias para que ela não ultrapasse. Mas quem puder se divertir em piscina, o importante é priorizar a vida”, fala.
Além do lazer, o major acrescenta que o perigo também está relacionado à navegação nos rios, que, devido aos baixos níveis, acabam virando. “As pessoas nunca usam o colete, que é obrigatório. É proibido menores pilotarem barcos e adulto precisa ter uma carteira específica de autorização. Outra dica é não navegar durante a noite, quando há pouca visibilidade, por causa dos entulhos”, finaliza.