A Polícia Militar do município acreano de Porto Walter, distante 774 km da capital Rio Branco, encontra-se com a única viatura quebrada. O problema, segundo moradores, já se estende há ao menos cinco meses. Com isso, os PMs realizam as conduções dos presos para a delegacia a pé.
A informação foi confirmada pelo comandante da PM no Vale do Juruá, major Lázaro Moura. Ele disse que além da viatura, o município conta com três motos para realizar as diligências.
“Há um bom tempo que esse problema ocorre, com essa situação, as diligências estão sendo feitas de moto. Quando há prisão, os PMs encaminham os suspeitos a pé”, informou.
Com pouco mais de nove mil habitantes, segundo o IBGE, Porto Walter integra a lista de cidades acreanas isoladas das demais por via terrestre. Chegar ou sair de lá só é possível de barco ou avião.
O G1 entrou em contato com a assessoria da Polícia Militar e foi informado que devido à seca do Rio Juruá, a manutenção da viatura não pode ser feita, pois não há empresa que faça o serviço no município e o veículo teria que ser levado pelo rio até Cruzeiro do Sul, cidade vizinha a Porto Walter.
Sem viaturas também na delegacia
O mesmo problema ocorre com a viatura da Polícia Civil. Um agente, que preferiu não se identificar, disse que a viatura está há mais de seis meses parada sem peças para realização de reparos.
A Polícia Civil informou ao G1 que a caminhonete da corporação está funcionando normalmente e que não está quebrada.
“É complicado, porque temos as motos que estão funcionando e são duas, mas em caso de cumprir mandado de prisão, acabamos pedindo um carro para a prefeitura, é o único jeito. Quando a da PM [viatura] estava funcionando usávamos ela, depois que quebrou também ficou mais complicado”, desabafa o agente.