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Advogado nega envolvimento de ex-gestores em fraude na Sehab

rostenioeirlanO advogado do ex-secretário, Rostênio Souza, e do ex-coordenador do Departamento Social da Secretaria de Habitação do Acre (Sehab), Irlan Lins, Antônio Jorge Felipe de Melo negou o envolvimento dos clientes no esquema de venda de casas populares investigado pela Polícia Civil na Operação Lares.


Nesta sexta-feira (8), os dois ex-gestores e o servidor da Sehab Márcio Góes foram intimados a comparecer até a sede da Polícia Civil, na Avenida Antônio da Rocha Viana, em Rio Branco, para prestar esclarecimentos.


A intimação faz parte da quarta fase da Operação Lares que cumpriu, nesta sexta, três mandados de busca e apreensão nas casas do trio.


Segundo a polícia, a ação, que teve início às 6h, foi realizada para coletar material de mídia e documentos para perícia. A nova ação ocorre depois que a investigação constatou ameaças a duas testemunhas.


Rostênio Sousa assumiu a pasta em abril de 2013 no lugar de Aurélio Cruz, gestor preso durante a Operação G7 da Polícia Federal por suspeita de participação em outro esquema de fraude em obras públicas.O gestor permaneceu na pasta até janeiro de 2015, quando foi substituído por Jamyl Asfury.
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Segundo o advogado, Lins  e Sousa foram chamados apenas para prestar esclarecimentos. Melo negou ainda que o esquema tenha começado durante a gestão de Rostênio à frente da Sehab.


“Não é verdade, esse esquema de distribuição de casas é exclusivamente da gestão depois do senhor Rostênio. A distribuição de casas já existia, mas com esquema de venda só nesse. Meus clientes são inocentes”, afirma.


Operação Lares
A terceira fase da Operação Lares, deflagrada no dia 12 de maio, cumpriu 74 ordens judiciais em conjuntos habitacionais em Rio Branco – 37 conduções coercitivas de pessoas beneficiadas em esquema de casas populares, bem como 37 medidas cautelares de afastamento do imóvel.


Em sua segunda fase, realizada no dia 26 de abril, a operação prendeu os diretores executivo e social da Secretaria da Sehab, Daniel Gomes e Marcos Huck, respectivamente. A ex-terceirizada Cícera Silva e a empresária Rossandra Lima, também foram presas. Todos foram apontados pela polícia por envolvimento no esquema que negociava as casas populares.


A primeira fase da Operação Lares foi deflagrada no dia 1 de fevereiro pela Polícia Civil e Ministério e Público do Acre (MP-AC). De acordo com a polícia, funcionários públicos e corretores da Sehab estariam envolvidos em um esquema de fraude na entrega de casas populares. A denúncia foi feita pela própria Sehab e por uma das corretoras que fazia parte do esquema.


A denúncia apontou que mais de 30 pessoas repassaram valores entre R$ 5 mil a R$ 30 mil aos corretores, que prometiam a facilitação da entrega das casas populares. Ainda segundo a investigação, a funcionária da Sehab também facilitava o esquema, que movimentou quase meio milhão de reais, segundo informou a polícia.


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