O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luiz Fux decidiu pedir informações ao senador Romário (PSB-RJ) antes de avaliar pedido de abertura de inquérito feito pela Procuradoria-Geral da República para investigar se o parlamentar recebeu caixa dois de campanha na eleição de 2014.
Fux requereu explicações a Romário e ao empreiteiro Marcelo Odebrecht, preso na Operalção Lava Jato, sobre as mensagens que teriam embasado o pedido de investigação.
A decisão de Fux foi motivada porque Romário foi citado em diálogo de Odebrecht com um funcionário.
O caso surgiu a partir dos desdobramentos da Lava Jato, mas foi encaminhado para a relatoria de Fux depois que o ministro Teori Zavascki avaliou que não tinha conexão direta com o esquema de corrupção da Petrobras.
O pedido de investigação de Romário foi revelado pela revista “Época” e tramita em segredo de Justiça no Supremo.
Segundo a reportagem, a Procuradoria quer apurar mensagens de celular trocadas entre Marcelo Odebrecht e seu subordinado Benedicto Barbosa da Silva Júnior, logo após a eleição de 2014.
De acordo com a investigação, a suspeita é que a empreiteira Odebrecht supostamente deu R$ 100 mil ao senador em caixa dois, após sua vitória ao Senado.
Os crimes seriam de corrupção e lavagem de dinheiro.
OUTRO LADO
Em nota, Romário tem afirmado que recebeu com “surpresa e indignação” o pedido da PGR.
“Não recebi qualquer doação da Odebrecht, durante, após campanha ou em qualquer outro momento. Todas as doações recebidas em 2014 foram legais e registradas na prestação de contas da campanha, nenhuma delas foi da empreiteira”, diz.
O parlamentar negou ligação com Odebrecht. “Nunca conversei com Marcelo Odebrecht ou com qualquer pessoa que tenha se identificado como seu emissário. Enquanto candidato, não autorizei qualquer pessoa a falar em meu nome.”
“Ademais, aguardarei o rápido tramite da Justiça para que os fatos sejam esclarecidos. Já disse uma vez e volto a registrar, não vão me meter no meio dessa lama”, completou. Com informações da Folhapress.
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