Um professor de 34 anos foi preso, na madrugada desta segunda-feira (6), após se recusar a pagar uma corrida de táxi até um motel de Rio Branco. Consta no boletim de ocorrência que o professor também se negou a vestir a roupa e, por isso, foi levado pelado por agentes do 2º Batalhão da Polícia Militar (BPM) para a Delegacia de Flagrantes (Defla). A polícia teria encontrado ainda uma trouxinha de cocaína dentro da carteira do homem.
O G1 entrou em contato com o professor que disse não querer comentar o caso e se limitou a dizer que tudo não passou de um “mal entendido”.
O taxista Luiz Teixeira, de 52 anos, disse que recebeu um chamado para buscar um grupo de três amigos, entre os quais estava o professor, em um motel do 2º Distrito da capital acreana. Após deixar um dos rapazes em outro bairro da cidade, os demais pediram para serem levados até outro motel na Via Chico Mendes. Ao chegar ao local, porém, a dupla entrou para um dos quartos e não pagou o condutor.
“Fui chamado por ele e mais dois rapazes próximo a Corrente. Deixei um deles no São Francisco e de lá fomos para o Tancredo Neves. Quando estávamos chegando novamente ao Centro, eles pediram para ir em outro motel. Quando chegamos lá, eles entraram e não disseram nada. Bati várias vezes na porta e não abriram. Então fui na gerência e o gerente disse que não podia fazer nada porque eles tinham pagado antecipado por duas horas”, relembra.
Após a chegada da polícia, o professor teria saído do quarto apenas de tolha e se negou a pagar a corrida quando soube do valor. O taxista lembra ainda que o suspeito apresentava sinas de embriaguez e teria tentando agredir um dos policiais.
“A PM chegou e começou a chamá-lo, mas ele [professor] só abriu quando o gerente avisou por telefone. Ele saiu só de tolha, disse que só tinha cartão e um policial sugeriu que passássemos em um posto de combustível para ele pagar com gasolina. A corrida tinha dado R$ 150, mas disse que deixaria tudo por R$ 100. Ele ficou revoltado e começou a xingar todo mundo”, ressalta.
Há cinco anos trabalhando como taxista, Teixeira conta que essa foi a primeira vez que passou por uma situação assim.
“Foi feito todo tipo de acordo, mas ele não quis saber. Começou a falar muitos palavrões e fui para o meu carro, não vi se foi levado nu para a delegacia. Eu vi o comandante com as roupas dele nas mãos. Voltei a vê-lo quando me chamaram para receber o pagamento. Foi uma coisa inusitada”, conclui.
O coordenador da Defla, delegado Rodrigo Noll, confirmou que o professor foi liberado após pagar a corrida ao taxista e diz que que não houve representação criminal.
Com informações G1 Acre