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No AC, homem morre ao lado de UPA e família alega negligência médica

carlos0001A morte do aposentado Claudio Rodrigues da Silva, de 49 anos, no Restaurante Popular, no bairro Sobral, em Rio Branco, foi, segundo a família, um caso de negligência médica.


O homem morreu, na quarta-feira (23), dentro do restaurante, que fica ao lado de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA).


A direção da unidade e coordenação da Rede de Urgência do Acre negam negligência e dizem que os médicos não foram acionados.


Silva foi ao local para almoçar e, logo após a refeição, passou mal, conforme conta o irmão dele, o comerciante José Rodrigues, de 47 anos.


Pessoas que estavam no restaurante teriam ido até a UPA por três vezes chamar um médico, no entanto, não foram atendidos. “Nos disseram que foram pedir ajudar por três vezes, mas o pessoal não veio socorrer e já era tarde. Ele deu entrada na UPA morto já. Temos certeza que foi negligência médica, infelizmente. Aconteceu praticamente dentro da UPA”, relata o irmão.


Rodrigues acrescenta que a família pretende entrar na Justiça para tentar descobrir o que de fato ocorreu. “É um caso que, com certeza, temos que levar à frente para saber quem está por trás disso. Vamos entrar na Justiça. Nosso irmão não volta mais, mas pode acontecer com qualquer um”, ressalta.


O diretor assistência da UPA, Glauber Lucena, que estava de plantão no momento do ocorrido, afirmou que não chegou a nenhum médico a informação de que o aposentado estava passando mal. No horário da morte, a unidade estava com quatro médicos – um na emergência, outro na observação e dois no ambulatório.


“No momento do acontecido, os médicos estavam em atendimento e em nenhum momento os médicos foram chamados para essa ocorrência. Não chegou à minha pessoa de que populares tenham ido chamar os profissionais”, falou.


A representante da Coordenação da Rede de Urgência e coordenadora do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Lúcia Carlos, disse que o homem morreu de uma morte súbita e reiterou que a informação não chegou aos médicos. Ela falou ainda que, de fato, uma mulher chegou a entrar no setor de acolhimento, mas não houve tempo de ajudar o aposentado.


“A UPA não tem a menor culpa, tem um muro que divide e não tem como visualizar. Eu fui ao local, dizem que uma senhora correu no acolhimento, foi tudo muito rápido. Um enfermeiro viu a movimentação, correu e já pegou uma cadeira, mas o senhor estava entrando na unidade já morto. Lamentamos o óbito, foi uma fatalidade”, finaliza.


G1 acre


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