O especialista em falhas em urnas eletrônicas Diego Aranha fez uma revelação sobre equipamentos. Ele disse que o próprio mesário pode alterar facilmente os resultados de uma urna eletrônica durante as eleições.
“Durante os testes de 2016, ficou demonstrado que uma vulnerabilidade no software permite a um mesário malicioso fraudar os resultados coletados no Boletim de Urna enviado para transmissão após provocar uma contingência”, explicou, conforme publicado no site Bahia Notícias.
Traduzindo, o mesário pode sumular uma defeito na máquina para conseguir acionar o Sistema de Apuração, permitindo assim a digitação manual dos dados do Boletim de Urna. A fraude aconteceria nesse momento, já que o sistema não verifica a adulteração dos dados.
“Minha equipe conseguiu recuperar a lista ordenada dos votos em eleições simuladas com até 475 eleitores a partir unicamente de informação pública, com impacto potencial até em eleições passadas. De posse da lista ordenada de eleitores, é possível determinar com certeza matemática as escolhas de cada eleitor. Essa vulnerabilidade permite ainda determinar com exatidão a escolha de alguns eleitores ilustres que votaram em instantes de tempo específico”, disse o especialista Aranha.
“Todas as urnas eletrônicas do país compartilham segredo que protege os seus dados mais críticos e esta chave está ainda disponível na porção desprotegida dos cartões de memória”, destaca outra fragilidade.
O Brasil utiliza o sistema eletrônico de votação desde 1996.