O prefeito Marcus Alexandre participou nesta quinta-feira, 30, do Dia de Combate à Hanseníase promovido pelo Movimento de Reintegração de Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan) em evento realizado no Teatro Plácido de Castro e que contou com presença da vice-governadora Nazaré Araújo. “Venho para reafirmar a parceria da Prefeitura de Rio Branco com o Morhan”, disse Marcus Alexandre.
O Morhan, conforme anunciou a coordenadora estadual do movimento, Terezinha Prudêncio, busca o reconhecimento público e do Governo Federal quanto ao drama vivido por milhares de famílias cujos filhos foram separados dos pais por conta da doença. Durante décadas, os pacientes foram internados em instituições fechadas, conhecidas como leprosários ou hospitais-colônia.
Além de ativistas e técnicos envolvidos com a questão no Acre, a coordenadora nacional do Morhan, Lucimar Batista, também esteve presente. Com o isolamento compulsório imposto às pessoas com hanseníase, milhares de bebês e crianças foram levados para educandários, orfanatos ou entregues a outras famílias, sem o consentimento dos pais. Após anos de luta contra a doença e o preconceito, os pacientes e seus familiares encontraram apoio no Congresso Nacional por meio da Medida Provisória 373, apresentada pelo então senador Tião Viana (atual governador do Acre) – e isso foi lembrado pela vice-governador no evento no Teatrão.
A Lei 11.520/2007 dispõe sobre a concessão de pensão especial às pessoas atingidas pela hanseníase que foram submetidas a isolamento e internação compulsórios até 31 de dezembro de 1986. A pensão vitalícia, atualmente de R$ 1.340, é paga para quase 10 mil pacientes de hanseníase em todo o Brasil, dos quais 600 no Acre. Nazaré Araújo também lembrou que o trabalho intenso do poder público e das organizações da sociedade civil, como o Morhan, derrubaram drasticamente a incidência da hanseníase no Acre – que na década de 1980 foi considerado o Estado com maior taxa de infecção da doença no País. Nazaré destacou o trabalho do governador Tião Viana no controle desse mal com a criação de núcleos de prevenção e tratamento e com a criação da rede de proteção institucional que opera em todo o Brasil.
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