A autônoma Taita Gomes foi morta com um tiro na cabeça, na madrugada de sábado (25), na Estrada de Senador Guiomard, interior do Acre, onde tinha uma chácara. O suspeito do crime é o marido dela, que está foragido. O filho de nove anos presenciou o crime.
De acordo com a filha da vítima e do suspeito, Tainá Lima, de 18 anos, o casal estava discutindo quando o homem atirou contra Taita. O suspeito ainda teria tentado se matar com um tiro na nuca, mas resistiu aos ferimentos e fugiu do local.
“Eles estavam discutindo há um tempo. Ele primeiro atirou no chão, perto das pernas dela e depois, quando ela levantou a cabeça, ele atirou embaixo do olho”, conta a filha.
O menino de nove anos que presenciou o crime ainda está muito abalado, segundo a irmã. Taita tinha três filhos com o suspeito, entre eles, um de 15 anos que é deficiente auditivo. Tainá, a irmã mais velha, conta que está sendo difícil explicar para os irmãos o que aconteceu com a mãe.
“O de 15 anos está tendo muita dificuldade para entender o que houve. E o menor que viu tudo está muito abalado, afinal, ele tem apenas nove anos. Agora que minha morreu e meu é foragido, preciso ter forças e equilíbrio para tomar conta de tudo”, explica.
A filha conta ainda que sabia da arma e que teria ido com o pai tentar tirar o porte de arma, porém, ela não sabe informar se a solicitação havia sido aceita. Tainá também conta que sempre que bebia, o pai agredia a mãe.
“A gente era contra ele ter uma arma, mas por conta da segurança, porque eles tinham uma empresa, a gente acabou aceitando. Tínhamos medo justamente porque ele batia na minha mãe com frequência quando estava alcoolizado”, lembra.
Tainá , que é casada, ficou sabendo do crime por uma prima que foi avisá-la no lanche em que trabalhava. Abalada, ela diz que pretende cuidar dos irmãos e do negócio da mãe. Taita foi velada no bairro Sobral e enterrada, na manhã desta segunda-feira (27) no Cemitério Morada da Paz, em Rio Branco.
G1 ACRE