Funcionários da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) no Acre fizeram uma paralisação, nesta quarta-feira (29), na sede do órgão, em Rio Branco. Os trabalhadores fazem parte do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário (Sinpaf) e pedem o reajuste e a reposição de perdas salariais. Eles alegam que a proposta de aumento de 8,28% de reajuste não contempla a categoria.
Ao G1, o chefe-geral da Embrapa no Acre, Eufran Amaral, disse que a empresa propôs um reajuste condizente com o atual momento político e econômico do país. Ele destacou que a paralisação é um processo democrático e que a Embrapa está aberta para renegociações.
“Fizemos uma oferta possível nesse momento. Os trabalhadores fazem uma luta que é justa e a empresa está vendo onde consegue flexibilizar para antender os dois lados”, explica.
O pesquisador Idésio Franke explica que também faz parte do Acordo Coletivo de Trabalho 2016/2017 adicionais de insalubridade e periculosidade.
“A paralisação é um alerta para que a Embrapa reabra as negociações com os servidores. O reajuste proposto por eles é menor do que a inflação do período de abril a maio que dá 9,28%. Também queremos 1,8% que é referente ao aumento do Produto Interno Bruto (PIB) agrícola de 2015”, explica.
Franke destaca que os servidores trabalham de forma precária e que o reajuste aos funcionários, entre outras melhorias para a categoria, é imprescindível para que possam prestar um bom serviço.
“Nós somos uma empresa que gera tecnologias, processos e serviços para o aumento da produtividade brasileira e ao menos 50% das exportações brasileiras desse ano foram do agronegócio. Então, isso mostra que a Embrapa tem uma importância muito grande”, finaliza.
G1 ACRE