Aqueles que acham que a vida de jornalista se resume a redações de jornais e estúdios de TV tomariam um grande susto ao acompanhar a rotina dos participantes do Estágio de Correspondente de Assuntos Militares (Ecam), que começou no dia 16 e se encerra nesta quarta-feira, 22.
O estágio é promovido pelo Exército Brasileiro. Sua terceira edição, realizada pela 17ª Brigada de Infantaria de Selva, recebe 18 alunos dos cursos de Comunicação Social/Jornalismo da Universidade Federal do Acre (Ufac) e da Faculdade Interamericana de Porto Velho, mantida pela União das Escolas Superiores de Rondônia (Uniron).
Segundo o tenente Charlison, o objetivo do estágio é passar para os estudantes um olhar mais aprofundado sobre o exército, além de prepará-los para o trabalho de correspondente de assuntos militares. “A expectativa é de ensinar aos estudantes como fazer, de forma segura, a cobertura de matérias do exército e de como progredir em um local em que está acontecendo um conflito”, disse.
As atividades são desenvolvidas durante seis dias e mostram a necessidade de preparação teórica e prática para o ofício de jornalista. Além de instruções voltadas ao universo militar, os alunos participam de atividades práticas, como curso de primeiros socorros, transposição de obstáculos e rapel.
O acadêmico de Comunicação Social da Ufac, Antônio Inácio, destacou o contato com a rotina militar. “Esse estágio me permite conhecer o dia a dia e o treinamento de um militar, o que me dá uma visão geral de como pode ser meu cotidiano, caso escolha esse campo de atuação”, opinou.
A estudante de Jornalismo da Uniron, Vanessa Raíza, referiu-se ao preparo físico do profissional que se engaja nessa área. “A profissão de jornalista não exige só elaboração de perguntas”, lembrou. “Estamos aprendendo a atuar em situações de guerra. É muito importante ter preparo físico, porque não sabemos o que nos espera em uma reportagem, principalmente quando se trata de assuntos militares.”