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Dois repórteres da Al-Jazeera são condenados à morte

1igtw6b1xaxye2xkwvn6eov0wDois repórteres da emissora de televisão Al-Jazeera, a maior rede de TV do mundo árabe, foram condenados à morte no Egito, por supostamente vazar documentos confidenciais sobre a segurança nacional egípcia ao Catar e à própria Al-Jazeera.


Os funcionários – o produtor de notícias Alaa Omar Mohammed e o editor Ibrahim Mohammed Hilal – foram julgados à revelia, assim como Asmaa al-Khateib, que trabalhava para o conglomerado midiático Rasd, de fortes ligações com o grupo Irmandade Muçulmana. O grupo foi declarado terrorista após a deposição do ex-presidente egípcio, Mohammed Morsi.


O vazamento teria ocorrido durante o governo de Morsi, que foi julgado e condenado a 25 anos de prisão. Dois funcionários de confiança de Morsi receberam a mesma condenação. O ex-presidente e sua filha, Karima, também foram condenados a 15 anos de prisão por crimes menores.


Morsi foi deposto pelas forças militares egípcias em julho de 2013 e já havia sido condenado à pena de morte em outra ocasião. A defesa de Morsi recorreu da sentença de morte e de outras duas condenações.


As relações entre Egito e Catar têm se tornado cada vez mais tensas desde a deposição de Morsi, que contava com o apoio das autoridades cataris. O atual governo egípcio, liderado pelo presidente Abdel Fattah Al Sisi, afirma que a cobertura da Al-Jazeera no país e em outras localidades no Oriente Médio é enviesada em favor de grupos islâmicos.


No ano passado, Al Sisi perdoou dois jornalistas da Al-Jazeera English, que estavam presos desde dezembro de 2013. Eles haviam sido condenados a 3 anos de prisão por veicular o que o tribunal considerou “notícias falsas”. A condenação dos jornalistas atraiu ampla reprovação internacional.


* Fonte: Dow Jones Newswires.


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