Alegando não ter para onde ir, após ter sido despejada de uma casa emprestada, a dona de casa Antônia Francisca, de 29 anos, resolveu, juntamente com o marido Jon Lenno, também de 29 anos, acampar com os dois filhos, de 2 e 3 anos, em frente à sede da Secretaria Municipal de Cidadania e Assistência Social (Semcas), no Bairro Aviário, em Rio Branco.
A Prefeitura de Rio Branco informou que não pode incluir a família no programa de aluguel social, pois está no limite permitido de gastos para esse fim. A prefeitura disse ainda, que uma equipe do Conselho Tutelar esteve no local para conversar com o casal. A família deve ser levada para casa de parentes.
Antônia diz que nos últimos dois anos a família vivia em uma casa popular no Conjunto Wilson Ribeiro, mas precisou deixar o local após receber ordem de despejo, já que a casa havia sido invadida. Ela conta que não possui cadastro no Programa Minha Casa Minha Vida, pois morava em Porto Velho (RO) e quando retornou ao Acre, há aproximadamente três anos, não procurou o órgão responsável.
“Chegou uma ordem de despejo, há quatro meses, para eu sair. Me tiraram da casa e uma vizinha me emprestou uma casa por um mês, mas tive que sair porque a filha dela ia precisar”, conta.
Antônia diz que se viu sem saída e resolveu, como ato de desespero, acampar em frente ao prédio da prefeitura.
“Fiz um cadastro há dois anos para o aluguel social, inclusive disseram que iam me ajudar. Não tenho para onde ir, vou ficar aqui. Colocaram minhas coisas no estacionamento e não queriam deixar eu tirar. Me ofereceram R$ 300 para pagar o aluguel. Onde vou alugar uma casa por esse valor?”, lamenta.
G1 ACRE
