Ao longo de toda sua história, a Universidade Federal do Acre (Ufac) busca integrar a sociedade às atividades que desenvolve. Após passar por inúmeras reformas, implementadas recentemente, o campus sede atrai a atenção da população de Rio Branco, que passou a utilizar diversos espaços para praticar ciclismo, caminhada, encontrar com amigos, fazer fotografias, andar de esqueite e participar, de forma mais efetiva, dos projetos oferecidos no bloco de Educação Física, como natação e aeróbica.
O tripé de uma universidade é, basicamente, a inovação, a pesquisa e a extensão. Esta oferece à sociedade a oportunidade de acessar o ambiente acadêmico. A professora do Centro de Ciências da Saúde e Desporto, Geane Moura, comanda um projeto de atividades aquáticas, de iniciação e aperfeiçoamento da natação, no bloco de Educação Física.
Ela afirma que qualquer pessoa pode participar desse projeto: a comunidade, funcionários e alunos. As aulas acontecem três vezes por semana e passará a ocorrer cinco vezes, após a reforma da piscina. Cada turma atende uma média de 25 alunos das mais diversas idades.
Para a professora, a atual segurança do campus é efetiva e contribui para a aproximação da comunidade com a universidade. Segundo ela, antes das reformas estruturais, havia dificuldade por conta da falta de segurança, iluminação, estrutura das calçadas e prédios. “Era muito escuro e os alunos paravam de frequentar as atividades oferecidas para a comunidade”, recorda.
Outra atividade oferecida pelo curso de Educação Física é a ginástica aeróbica, que acontece três vezes durante a semana na academia universitária. A dona de casa Isaura Ayashi, 34, relata, com entusiasmo, ter emagrecido 13 quilos após iniciar as atividades na Ufac. “Essa atividade me deu mais ânimo”, conta. “Eu fui perdendo peso e fui diminuindo a alimentação.”
Ela pratica aeróbica há três anos juntamente com outras amigas e não perde nenhuma aula, pois a assiduidade é o pré-requisito para permanecer matriculada. O projeto atende mais de 30 pessoas por horário, com idades de 15 a 60 anos.
Prática de esportes
A diversidade e extensão do campus possibilita que as pessoas se encontrem para praticar hobbies, observar espécies no Parque Zoobotânico, conversar com amigos e praticar esportes em grupo, como é o caso dos esqueitistas. João Vitor, 15, frequenta a Ufac todos os dias, com outros cinco amigos, por volta das 17h. Ele diz que o asfalto e as calçadas do campus são mais lisos para andar de esqueite. Vitor relata que ele e seus amigos já foram abordados pela segurança do campus em uma situação, pois ultrapassaram o horário de funcionamento da universidade, mas que a abordagem feita foi tranquila e nunca mais o ocorrido se repetiu.
O enfermeiro Marcos Alan e a http://ecosdanoticia.net/wp-content/uploads/2023/02/carros-e1528290640439-1.jpgistradora pública Janete Rebouças caminham juntos há três meses na Ufac. Antes, utilizavam o parque Tucumã, que fica na área externa da universidade, mas, segundo eles, caminhar no campus é mais tranquilo. Para Janete, a paisagem é a melhor inspiração na hora de caminhar. Ela destaca que nunca sofreu assédio ou situação desagradável. A segurança é o que conta na hora da atividade física, assim eles ficam livres e despreocupados durante todo o percurso.
Mauri Sergio, 24, pratica ciclismo há três anos e frequenta o campus todos os dias. Sua escolha se deu pelo fato de a Ufac ser um lugar agradável, seguro e próximo de sua casa. Ingridy Saturnino, 21, pratica ciclismo junto com Sergio há mais de três meses. Ela prefere praticar suas atividades na Ufac porque os motoristas respeitam os ciclistas. “É melhor do que lá fora”, destaca. “Na rua é muito mais perigoso.”
Para o fotógrafo Pedro Martins, 21, a universidade tem infinitas possibilidades de iluminação natural, o que é uma ótima ferramenta para fotos ao ar livre. Ele leva seus clientes para fazer ensaios na universidade. Para Martins, as fotos feitas no campus possuem bom aproveitamento. Em certas situações, as capivaras que circulam ao redor do lago contribuem para a beleza das fotos e viram atração durante os trabalhos.
O fotógrafo enumera os principais motivos de utilizar a universidade para seu trabalho. Considera o espaço muito grande, o que possibilita uma infinidade de ângulos, diferentes tipos de iluminação e variação de poses, com cenários totalmente diversos em um só local. Além disso, a beleza da natureza, o ambiente agradável e a segurança contribuem para que ele e os clientes atuem com tranquilidade. Segundo Martins, a Ufac é bem frequentada. Ele diz nunca ter sofrido nenhum tipo de assédio ou empecilho. As pessoas respeitam os clientes e o trabalho que ele realiza.