São centenas de milhares de famílias brasileiras que vivem o drama de ter um parente dependente químico dentro de casa.
A descoberta em si já é traumática, somada com todas as mazelas que a dependência química provoca no dependente na família não é diferente.
O não saber tratar, cuidar, impedir são verbos que fora da linguística se transformam em um adjetivo de medo.
Um muitas situações ou pais ou responsáveis buscam ajuda nas raras instituições públicas que tratam da desintoxicação que é o primeiro processo para reabilitar o indivíduo dependente químico.
Nem sempre a primeira internação em uma instituição, maioria de caridade ligadas a Igrejas e outros orgânicos resulta em uma cura definitiva, pois a busca pela cura ou independente é uma constantes.
O medo para ser o companheiro constante dos que focam em casa aguardando notícias do dependente químico que se foi, e na maioria das vezes levou consigo, um último pertence da família para trocar por entorpecentes.
Neste domingo (29),o pai de um jovem dependente químico morador do município de Sena Madureira, cidade distante 144 quilômetros da capital Rio Branco, no estado do Acre, sem saber mais o que fazer para tratar o filho, ou impedi-lo de sair de casa e até ser assassinado nas ruas em pleno desespero teve como ato de salvar o filho amarra-lo com uma corda e entrerga-0lo a polícia, acreditando que o filho preso estaria fora do perigo de morte que é um dos motivos que mais assombram as famílias dos dependentes químicos.
Sem qualquer referência de piedade dos pais, o filho na delegacia afirmou ao delegado plantonista que somente queria ser solto para pegar o aparelho de som do pai e trocar por drogas.