O presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse nesta terça-feira (31), em entrevista à rádio CBN, que irá recorrer de evenual decisão do Conselho de Ética contra ele. Cunha alega que o processo está “eivado de irregularidades” e “é óbvio que vai haver recurso à Comissão de Constituição e Justiça”.
“Óbvio que vai caber recurso à Comissão de Constituição e Justiça e obviamente está eivado de irregualridades e nulidades. É muito provável que todo esse processo acabe sendo anulado depois na Comissão de Constituição e Justiça pelas ilegalidades que estão sendo perpetradas”, declarou o presidente afastado.
A reportagem do G1 destaca que o processo do Conselho de Ética que investiga Cunha foi aberto em 2015 e é considerado o mais longo da história do colegiado.
Investigação
O conselho investiga Cunha sob acusação de que o deputado tenha mantido contas secretas no exterior e tenha mentido sobre a existência delas em depoimento à CPI da Petrobras no ano passado. Aos integrantes do colegiado, Cunha argumenta que não é o dono das contas, no entanto, ele admitiu ser o beneficiário de fundos geridos por trustes (entidades legais que http://ecosdanoticia.net/wp-content/uploads/2023/02/carros-e1528290640439-1.jpgistram bens e recursos).
O deputado peemedebista está com o mandato suspenso e foi afastado da presidência da Câmara por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).
Cunha disse em entrevista à CBN que os atrasos na tramitação do caso se deveram ao que ele chamou de atuação antirregimental dos integrantes do Conselho.
“Eu não estou preocupado em qualquer tipo de postergação. As postegarções que decorreram foram basicamente das atuações antirregimentais tanto do presidente do conselho como do relator”, afirmou o deputado.
Parecer do relator
O relator Marcos Rogério entregou nesta terça-feira (31) ao Conselho de Ética o parecer sobre o caso de Cunha.
Somente na próxima sessão do consleho é que será conhecido o teor do voto, que ainda será marcada para fazer a leitura, discussão e votar o relatório. Embora o relator não tenha revelado o seu voto, a tendência é que o relatório seja favorável à cassação do mandato do presidente afastado.