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Saúde diz que morte de bebê no AC ‘não fugiu da realidade do hospital’

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Equipe médica disse que foram feitos todos os procedimentos adequados.
Criança morreu na tarde de quinta (28) após mãe esperar dois dias por parto.


A equipe médica responsável pelo caso do bebê que nasceu morto na quinta-feira (28), após a mãe esperar quase 48h para fazer o parto, considerou o óbito uma fatalidade. Em coletiva, realizada na manhã desta sexta-feira (29), no Hospital da Criança, em Rio Branco, a equipe disse ainda que foram feitos todos procedimentos para que a criança fosse retirada da mãe com vida. Porém, a direção técnica afirmou que o que ocorreu não fugiu da realidade do hospital.


O diretor técnico da Maternidade Bárbara Heliodora, José Everton, explica que nada fugiu da rotina do hospital. “Este caso não fugiu da realidade da maternidade. Sempre revisamos os prontuários para sempre melhorar os serviços e tudo serve de aprendizado. Caso seja comprovado algum erro, será corrigido. Até o momento não temos isso”, alega.


Ele disse ainda que, por se tratar de um bebê prematuro, o mais recomendado era aguardar a mãe dilatar e ter parto normal. Ele explica que a equipe ficou acompanhando os batimentos cardíacos do bebê, afim de presenciar alguma alteração.


“Foi feita a indução ao parto normal, que pode demorar 24 horas ou 48 horas ou até um pouco mais. Iniciada a indução na paciente, a encaminharam para a sala de parto e em nenhum momento apresentou alteração fetal, o que foi averiguado quando a criança estava nascendo. Nesse momento foi visualizado alteração no batimento cardíaco da criança, que de pronto foi feita uma medicação para normalizar a situação e indicado que fosse feita uma cesariana”, detalha Everton.


Ainda segundo o diretor, o caso está sendo analisado juntamente com os profissionais que atenderam a paciente, porém, até o momento, não foi presenciado nenhuma conduta fora do normal.


“Temos que ver o contexto geral. Se essa criança apresentava algum problema durante a gestação. No momento que o médico viu a alteração, já solicitou a cirurgia. Temos uma maternidade de alto risco, nem todos os problemas são apresentados nos exames. Infelizmente, outros acontecerão, mas não quer dizer que seria culpa da maternidade”, esclarece o médico.


cassia_7BXFEQ9Duas morte em menos de 24h
A enfermeira assistencial, Ana Beatriz, disse que outra uma criança morreu antes de nascer na manhã desta sexta-feira (29), mas que a mãe já chegou com a criança morta dentro da barriga.


“Vamos olhar todo histórico da paciente, se ela tinha pressão alta e o que aconteceu, mas o que se sabe é que a criança chegou morta. Se a mãe procurou atendimento antes, com certeza foi oferecido”, conta a enfermeira.



Entenda o caso
O motorista Leomar Olivera, de 32 anos, acusa a maternidade Bárbara Heliodora, em Rio Branco, de negligência médica por seu filho ter nascido morto na tarde desta quinta-feira (28). A espera ansiosa de conhecer o rostinho do filho se transformou em momentos de tristeza e angústia para ele e sua esposa, Cássia Cristina, de 22 anos, que estava grávida de 8 meses. Oliveira conta que a equipe médica esperou por quase 48 horas para realizar o parto da esposa.


“Eu passei nove meses esperando para ter meu filho nos braços e não para receber um pedaço de papel na mão autorizando enterrá-lo”



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