Michel Temer inicia escolha de ministros e já discute medidas

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Com a aprovação da abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, o vice Michel Temer (PMDB- SP), busca evitar declarações e quer manter a descrição até que o Senado analise a decisão da Câmara, de acordo com informações da Folha de S. Paulo, porém vai usar este período de pelo menos duas semanas para montar sua equipe e definir as primeiras medidas de seu possível futuro governo.
Segundo assessores, o objetivo é a priorização das áreas econômica e social com dois propósitos: mudar as expectativas sobre o rumo do país e rebater as críticas de que pode acabar com os programas sociais deixados pelo Partido dos Trabalhadores (PT).


No entanto, até que o Senado decida sobre o afastamento temporário de Dilma, a ordem é não dar declarações específicas sobre o futuro governo em respeito ao Senado e ainda porque, neste período, a presidente do país continua sendo Dilma.


Existe a chance ainda de um pronunciamento do peemedebista em tom de busca da “pacificação nacional”, tentando indicar que fará um governo de união com todas as forças políticas. Já nesta segunda-feira (18), a equipe do vice diz que passa a ter uma “perspectiva concreta” de poder e, por isto, ficará confortável para fazer “sondagens oficiais” de nomes que poderão compor seu ministério.


Para montar um base aliada no Congresso, assessores de Temer afirmam que não estão descartadas nem sequer conversas com alas do PT para tentar desmotivar reações radicais de entidades simpáticas ao petismo, como o MST.


A equipe também vai procurar estabelecer negociações com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB- AL ), para buscar que ele acelere o processo de votação na Casa da autorização dada pela Câmara para abertura do processo de impeachment contra a presidente.


Uma das prioridades é na definição de quem comandará o Ministério da Fazenda, posto para o qual estão cotados Henrique Meirelles e Armínio Fraga, para que o chefe da possível futura equipe econômica já consiga criar as medidas nas próximas semanas e tenha condições de anunciá-las logo depois da posse, caso Dilma seja deposta.


Temer deve reduzir o número atual de 31 ministérios para algo abaixo de 20, buscar fazer cortes em algumas áreas para preservar e até melhorar alguns programas sociais, numa estratégia para rebater e se contrapor às críticas que já espera receber do PT.


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