A presidente Dilma Rousseff denunciou, em evento realizado a jornalistas no Palácio do Planalto por mais de duas horas, “de que há um estado de golpe sendo conspirado no Brasil” e que tal estado foi orquestrado pelo vice-presidente Michel Temer e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, ambos do PMDB. Apesar disso, a presidente anunciou que pretende propor um “pacto” político entre governo, oposição, trabalhadores e empresários, de acordo com o jornal ‘Folha de S. Paulo’. Isso caso ela ganhe a votação no próximo domingo (17).
Ainda em seu discurso, a presidente disse que o Brasil não pode ter nem “vencidos nem vencedores” e criticou a atuação da imprensa. “Eu vou oferecer um processo de diálogo” e vou respeitar não só os “meus 54 milhões de votos”, mas também “os dos outros”.
De bom humor, a presidente disse que, apesar da crise, dorme bem e não está tomando nenhum medicamento para dormir. Em diversos momentos, Dilma disse que acredita na vitória e que todos os que defendem um impeachment sem que haja crime de responsabilidade são “golpistas”, apesar de os ministros já acreditarem na derrota. “Não há dúvida de quem defende a interrupção do meu mandato sem prova é golpista”, afirmou. Ao final, Dilma reiterou: “O recado é o seguinte: nós lutaremos até o fim contra esse impeachment. Acreditamos que, no dia de domingo, temos todas as chances de barrar o impeachment. Esse é o recado principal.” E que, seu segundo recado, “é que, logo depois [de barrar o impeachment], temos que fazer um pacto no Brasil”.