Com falta de carteiras, escola pública promove ‘rodízio’ de alunos, em Goiás

A cada 6 dias letivos, duas turmas são dispensadas e não assistem aulas.
Segundo subsecretária de Educação, problema será resolvido em breve.


Com falta de carteiras, escola pública promove 'rodízio' de alunos, em Goiás (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)


Sem carteiras disponíveis para atender os novos estudantes matriculados neste ano, a Escola Estadual Dom Pedro I, em Aparecida de Goiânia, Região Metropolitana da capital, resolveu criar um “rodízio” de aluno para tentar contornar a situação. A cada seis dias letivos, duas turmas são dispensadas e não assistem às aulas.
De acordo com o secretário do colégio, Henrique Aparecido Silveira, a medida começou no início desta semana e atinge 12 turmas do 6º e 7º ano do ensino fundamental. Ela ocorre porque somente dez salas estão aptas a receber os alunos. Outras duas foram reformadas, mas ainda não possuem as carteiras.


“Nós fizemos um mutirão com os pais, desembolsamos dinheiro próprio e conseguimos fazer reparos nas duas salas. Até arrumamos as mesas, mas não temos como consertar as cadeiras. Por isso a utilização do rodízio”, disse ao G1.


A escola, localizada no centro da cidade, havia encerrado novas matrículas, mas muitos pais reclamaram que só conseguiam vagas em colégios muito distantes. Por isso, somente nesse ano, a escola recebeu cerca de 300 novos alunos.


A instituição possui ainda outras duas unidades, que não sofrem com o problema, totalizando 2,3 mil estudantes.


Promessa de resolução
Aparecida de Goiânia possui 56 escolas estaduais e possui uma demanda considerada alta. Segundo a subsecretária de Educação de Aparecida de Goiânia, Idelma Oliveira, o problema deve ser resolvido em breve.


“Com certeza, até sexta-feira [4], no máximo segunda-feria [7], o colégio estará recebendo os outros 50 conjuntos [mesas e cadeiras] de alunos”, estima.


Em nota, a Secretaria de Educação, Cultura e Esporte de Goiás (Seduce) afirmou que os conuntos serão enviados para atendimento emergencial, uma vez que a empresa responsável pela entrega do mobiliário, atrasou o pedido.
Enquanto isso não ocorre, sobram reclamações. A recepcionista Ramiza Rodrigues Miranda é mãe de um aluno da instituição e não vê a hora do rodízio acabar.
“Eu fico preocupada porque o ensino público já é de má qualidade e ainda não tem as aulas suficientes. Eu fico preocupada com o calendário escolar”, lamenta.


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