Após Dia do Evangélico, deputados do Acre criam Dia do Católico

manoelm010915-660x330Autor do projeto diz que data é ‘reconhecimento’ por contribuição da igreja.
Matéria foi aprovada com 17 votos e celebração ocorrerá em 20 de janeiro.
A Assembleia Legislativa do Acre aprovou, nesta quarta-feira (9), um projeto de lei criando o Dia do Católico, a ser celebrado no dia 20 de janeiro. A matéria, de autoria do deputado Manoel Moraes (PSB-AC) recebeu votos favoráveis de 17 dos 24 parlamentares acreanos.


Segundo Moraes, o projeto foi inspirado pelo Dia do Evangélico, feriado criado no estado em 2010 após a aprovação de uma lei elaborada pelo ex-deputado Helder Paiva. “Tem Dia do Evangélico, nós respeitamos, mas a igreja católica é que ajudou a construir o Brasil desde o início, em tudo que tem de bom e não tem o reconhecimento”, afirma.
O deputado diz ainda que apesar da existência de outros feriados instituídos pela igreja católica, nenhum faz jus à doutrina. Ele ainda reconhece que a criação de mais um feriado pode prejudicar a economia.


“Na verdade quando se fala em feriado é sempre ruim para um país que precisa que as pessoas trabalhem. Agora tem outras datas como a Semana Santa e o Natal, mas nenhuma faz reconhecimento”, comenta.


Moraes explica ainda a data escolhida para a celebração, segundo ele, é em alusão ao dia de São Sebastião, padroeiro do município acreano de Xapuri. “É um dia de grande movimentação do Acre”, explica.


Críticas
O projeto de Manoel Moraes foi apresentado no final de novembro do ano passado. Na ocasião, o reitor da Diocese de Rio Branco, padre Mássimo Lombardi, criticou o projeto.


“Existe o Dia da Consciência Negra para lembrar esses povos que tanto sofreram, o Dia da Mulher, porque ela tem que ser mais valorizada. O Católico não precisa de um dia. Nós católicos somos felizes e não temos nada para reivindicar”, afirmou na ocasião o padre.


A crítica, entretanto, não abala o parlamentar. “Digo com sinceridade, minha esposa e filha são evangélicas, mas não consigo entender como se cria o dia do evangélico e não se cria o do católico”, defende.


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