Os mineiros se encontram em bom estado físico e psicológico, mas 13 homens ainda estão desaparecidos
No leste da China, quatro mineiros que ficaram soterrados pelo desmoronamento de uma mina no último dia 25 de dezembro foram resgatados nesta sexta-feira após 36 dias sob a terra, informaram as autoridades locais. Eles se encontram em bom estado físico e psicológico, mas foram hospitalizados para se submeter a exames médicos, segundo a rede de televisão estatal CCTV.
Um grupo de 29 pessoas trabalhava na mina de Pingyi, na província de Shandong (leste da China), no momento do acidente. Delas, uma foi declarada morta, treze seguem desaparecidas e quinze foram resgatadas, entre elas os quatro de hoje. As autoridades locais anunciaram que os trabalhos de busca dos desaparecidos continuarão.
Mais de 400 funcionários das equipes de resgate estão envolvidos nas operações para encontrar os mineiros, entre bombeiros, militares e geólogos, alguns deles de outros países. Cinco dias depois do desabamento, câmeras de infravermelho detectaram os quatro mineiros acenando a 200 metros da superfície. As equipes então começaram a perfurar o solo para salvá-los. Durante todos esses dias, os socorristas enviaram comida, água e roupas para os homens através de quatro pequenos túneis.
O colapso da mina foi de tal magnitude que provocou um tremor equivalente ao de um terremoto de 4 graus na escala Richter, detectado pelo Centro de Terremotos da China. A imprensa chinesa publicou várias fotografias mostrando grandes fendas em plantações e estradas provocadas pelo desmoronamento da mina. O presidente da empresa Yurong, proprietária da instalação, se suicidou 48 horas depois do incidente, no último dia 27 de dezembro.
Em casos de desabamentos como esse, não é incomum que as vítimas passem tanto tempo presas sob a terra. Resgates de outros desmoronamentos foram até mais prolongados, como o dos 33 trabalhadores de uma mina chilena que ficaram sepultados durante 70 dias, entre 5 de agosto e 13 de outubro de 2010.