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País da África se torna o maior cemitério de eletrônicos do mundo

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Todo ano, centenas de milhares de toneladas de lixo eletrônico chegam a Acra, vindos da Europa e da América do Norte
Um grande lixão no oeste da capital de Gana, Acra, reúne uma quantidade enorme de velhos computadores, telas de TVs e laptops. Trata-se de um dos maiores “cemitérios de eletrônicos” do mundo, e um dos locais mais poluídos do planeta.
No local, pequenas fogueiras queimam pilhas dos equipamentos, lançando uma negra e espessa fumaça. Perto delas, catadores recolhem placas-mãe, metais valiosos e fios de cobre, queimando pelo caminho as capas de plástico – e, assim, enchendo o ar de substâncias tóxicas.
Todo ano, segundo levantamento da BBC, centenas de milhares de toneladas de lixo eletrônico chegam da Europa e da América do Norte. Para muitos, é um negócio lucrativo em um país cerca de 25% da população vive abaixo da linha da pobreza.
Técnicos especialistas já alertaram que as toxinas do lixão estão lentamente envenenando os trabalhadores locais, ao mesmo tempo em que poluem o solo e atmosfera. Dentre as substâncias mais tóxicas encontradas em grandes quantidades em lixões eletrônicos estão mercúrio, chumbo, cádmio e arsênico.
Segundo estimativas, o mundo vai produzir 93 milhões de toneladas de lixo eletrônico apenas em 2016, e boa parte desses eletrônicos vai terminar em diversos lixões na África e na Ásia, em vez de serem reciclados no país em que foram vendidos.


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