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Número de casos de microcefalia aumenta 11% em uma semana

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Os casos foram registrados em 724 municípios, distribuídos em 21 Unidades da federação. O número de óbitos em investigação também aumentou. Agora, são 46 em análise
Depois de duas semanas de estabilidade, o aumento de casos de microcefalia no País voltou a ganhar ritmo. Boletim divulgado nesta terça, 12, indica um aumento de 11% dos casos em uma semana. Até o dia 9, foram registrados 3.530 nascimentos de bebês com a má-formação, que se caracteriza por perímetro cefálico igual ou inferior a 32 centímetros. Os casos foram registrados em 724 municípios, distribuídos em 21 Unidades da federação. O número de óbitos em investigação também aumentou. Agora, são 46 em análise.
Pernambuco apresenta o maior número de casos: 1.236, o equivalente a 35% do total registrado em todo o País. Em seguida, estão os Estados da Paraíba (569), Bahia (450), Ceará (192), Rio Grande do Norte (181), Sergipe (155), Alagoas (149), Mato Grosso (129) e Rio de Janeiro (122).
Além do aumento do número de casos, o boletim traz resultados de amostras coletadas de dois bebês e dois fetos com diagnóstico de microcefalia. Em todos eles, foi identificada a presença do zika vírus. Os casos estavam sendo investigados no Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC). Dois casos são abortamentos e dois de bebês que morreram logo depois de nascer.
O material havia sido coletado pelo pesquisador da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Kleber Luz – o primeiro a identificar a circulação do vírus zika no Brasil.
Com o resultado, sobe para sete o número de exames realizados em fetos ou em bebês que morreram logo ao nascer que apresentavam microcefalia e cujas mães haviam apresentado, durante a gestação, sintomas de zika. Para o Ministério da Saúde, isso reforça a hipótese de relação entre a infecção pelo vírus Zika e a ocorrência de microcefalia e outras má-formações congênitas. Mesmo assim, a pasta diz ser preciso continuar as investigações.
O vírus zika foi identificado no Brasil em abril de 2015. Atualmente, o agente, transmitido pelo mesmo vetor da dengue, o Aedes Aegypti, está presente em 20 Unidades da Federação: Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Roraima, Amazonas, Pará, Rondônia, Mato Grosso, Tocantins, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná.


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