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OPERAÇÃO AUDATHIA: Empresários e ex político fazem parte de quadrilha de traficantes

coletiva


A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (12), a Operação AUDATHIA com o objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada no tráfico de drogas com atuação no estado do Acre e ramificações nos Estados do Pará e Mato Grosso do Sul.
Aproximadamente 130 Policiais Federais cumpriram 47 mandados judiciais: 15 mandados de prisão, 09 de conduções coercitivas e 23 de busca e apreensão nas cidades de Rio Branco, Epitaciolândia, Brasiléia, Assis Brasil, Cruzeiro do Sul e Mâncio Lima. Até o momento, 07 veículos foram apreendidos e foi iniciado um flagrante delito por arma de fogo enquanto as buscas estavam sendo realizadas.
A organização criminosa composta por traficantes com antecedentes por tráfico de drogas e delitos conexos era bem estruturada, com divisão de tarefas definidas e uma intensa movimentação financeira. Integrando o grupo criminoso havia empresários, responsáveis por financiar a compra e envio da droga para outros estados. Um funcionário de uma empresa que presta serviço no Aeroporto de Rio Branco responsável por passar informações aos criminosos sobre atuação da Polícia Federal no Aeroporto. E um ex ocupante de cargo político do município de Acrelândia.
Durante o período em que ocorreram as investigações, a Polícia Federal realizou a apreensão de aproximadamente 130 quilos de drogas (COCAÍNA). O que chama a atenção na investigação não é o volume de droga apreendido, mas a constatação da grande movimentação financeira dos criminosos. O grupo movimentava aproximadamente R$ 400 mil reais por mês.
A Justiça autorizou o bloqueio dos bens e valores dos criminosos visando a desarticulação financeira do grupo.
A investigação recebeu esta denominação em referência à audácia dos integrantes do grupo que, mesmo após as várias apreensões de droga realizadas pela Polícia, não cessavam a atividade criminosa. Audathia é um termo em latim que significa AUDÁCIA.
Os envolvidos responderão na medida de suas responsabilidades pelos crimes de: tráfico de drogas, associação para o tráfico, uso de documento falso e lavagem de dinheiro podendo, se condenados, pegar até 25 anos de prisão.


Carros oficiais eram usados pela quadrilha de traficantes


As investigações começaram há oito meses quando a PF, em menos de 30 dias, apreendeu dois carros que usavam identificação de órgãos públicos para passarem despercebidos nas estradas do Acre. A partir daí, iniciaram as investigações e a PF traçou o perfil de como a quadrilha agia.
“Eles usavam adesivos de órgãos públicos e isso nos chamou a atenção, porque não eram casos isolados. Havia uma sofisticação na forma como agiam. Tinha também uma pessoa que trabalha no aeroporto que passava informações de quando a polícia estava lá. Estávamos acompanhando e aguardamos o momento mais conveniente para fazer a abordagem”, explicou o delegado da PF, Leandro Ribeiro.
A Polícia Federal informou que já fez o pedido à Justiça para bloquear os bens dos suspeitos. “Temos que verificar o que têm de bens, agora vamos mexer na parte financeira da organização criminosa. Eles agiam com audácia, não se arrependiam, mesmo com prisões e apreensões”, destacou Chung Fan, superintendente da PF.


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