Entrevista foi concedida com exclusividade ao Documento Verdade, da Rede TV!
O Documento Verdade desta quinta-feira (19) realizou entrevista com um dos mais temidos matadores do país. Aldidudima Salles, o “Ligeirinho”, um dos fundadores do Comando Vermelho, a maior facção criminosa do Rio de Janeiro, foi condenado a 300 anos de prisão por tráfico de drogas, formação de quadrilha, assaltos e assassinatos, mas passou apenas 10 anos atrás das grades. Na conversa com o repórter Edie Polo, ele revela que “matava por prazer” e relembra suas habilidades para o crime. “Eu gastava quatro minutos para roubar um banco e 45 segundos para roubar um carro com alarme”, conta. “Eu jogava uma laranja pra cima e antes que ela caísse, acertava no ar. Isso não é qualquer pessoa que acerta com um 38 não”, completa.
Traficante, homicida, frio e calculista, Aldidudima entrou para o crime na adolescência e matou pela primeira vez aos 13 anos, sendo levado para uma unidade de internação de menores infratores, de onde conta ter saído formado para o crime. “Entrei como aprendiz [da] maconha e saí formado, com doutorado, em cocaína”.
O detento conta detalhes do que acontecia nos bastidores dos crimes cometidos pelo Comando Vermelho. “[O criminoso] é preso hoje. Então, o Comando Vermelho se reúne e paga bons advogados para tirá-lo da cadeia. Quando ele sai, vai roubar para pagar o que o Comando Vermelho pagou para ele. (…) Ele vai praticando o crime e volta praticando o crime. É um caminho sem retorno”. Um ponto que Aldidudima fez questão de ressaltar é o de que o Comando Vermelho não tolera estupradores.
A conversão ao evangelho veio no dia em que Aldidudima planejava cometer seu maior crime. “Dez ficam na portal principal, dez ficam comigo. E eu dei uma ordem para meus colegas: ‘Ninguém faz nada e, quando eu der a ordem, vocês podem matar”. Eu vou ficar na história do Brasil. Posso morrer hoje, mas vai ser o dia que eu mais vou matar gente” conta ele, que, no momento, estava prestes a disparar tiros numa igreja com mais de 1000 pessoas, mas acabou tocado pelas palavras do pastor. “Foi naquele dia que eu troquei as drogas por uma bíblia sagrada, vi uma transformação, uma mudança de vida”, revela.