Enfermeiros do Juruá recebem capacitação em assistência pré-natal

Capacitação é oferecida para 55 enfermeiros de cidades do Vale do Juruá.
Intenção é reduzir índices de mortalidade infantil na região, diz Saúde.
Enfermeiros dos municípios da região do Vale do Juruá iniciaram nesta terça-feira (17) uma capacitação para que eles possam utilizar a nova caderneta da gestante e entender as mudanças nas assistências ao pré-natal após a adoção do material.


enfermeuiros


A intenção do treinamento, que vai até o próximo dia 20, é qualificar os enfermeiros para tentar reduzir o número de mortalidade infantil e cumprir os indicadores do Ministério da Saúde.


“Temos bons resultados na região do Juruá e precisamos atingir os indicadores. A regional pactuou para 2015 que 70% dos partos sejam normais, já alcançaram 65%. Para sete ou mais consultas de pré-natal foi pactuada a meta de 75% e estão com 62%. São bons números e com essa capacitação eles poderão aumentar ainda mais o alcance dos indicadores”, especula a gerente estadual de Saúde da Mulher, Emanuelly Nóbrega.
Emanuelly defende ainda uma política de incentivo das gestantes ao parto normal. “É preciso reduzir o número de parto cesariano. Toda a mulher está preparada para ter um parto normal, mas na maioria das vezes as mulheres optam pela cesariana e raramente devido a alguma intercorrência fisiológica, como falta de dilatação”, explica.


Ao todo, 55 enfermeiros participam da capacitação. Entre elas Leiane Silva que trabalha na comunidade rural Nari do Moa, em Cruzeiro do Sul. “Vai melhorar muito nosso trabalho. Precisamos dessas informações para que possamos prestar um melhor atendimento durante o acompanhamento pré-natal”, diz.


Alessandra Barbosa é enfermeira no município de Marechal Thaumaturgo e espera que a capacitação a ajude a lidar com os casos de gravidez na adolêscencia que ocorrem na região.


“Temos muitas adolescentes mães. Vamos tentar diminuir o índice de gravidez na adolescência, pois muitas vezes essa gravidez interrompe a vida social dessas adolescentes, que abandonam a sala de aula. É preciso termos informações para tentar ajudar essas adolescentes”.


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