A noite desta quarta-feira (04) foi agitada na Delegacia Central de Flagrantes – DEFLA por conta de um desentendimento entre o delegado plantonista Pedro Resende e a Sargento Uchoa da Polícia Militar.
De acordo com informações a sargento Uchoa que comandava uma guarnição do 4º Batalhão teria prendido um homem acusado de roubo (assalto) a mão armada e a equipe conduziu o preso a Delegacia de Flagrantes – DEFLA.
Durante os procedimentos de praxe em que o delegado plantonista coleta através de depoimento as informações da prisão para efetivar a entrega do preso aos cuidados da polícia judiciária o delegado Pedro Resende teria pedido o número do telefone pessoal da militar que forneceu o número do celular funcional.
Segundo informações o delegado teria solicitado novamente o número pessoal da sargento que negou-se a fornecer alegando que já teria repassado o número funcional, conforme ocorre com todas as guarnições.
Indignado com a resposta da militar o delegado teria dado voz de prisão alegando desobediência da sargento para com a autoridade policial.
A sargento Uchoa teria sido desarmada por policiais civis e conduzida a uma sala da delegacia.
A prisão foi comunicada aos oficiais que se deslocaram a delegacia de flagrantes, juntamente com representantes da Associação dos policiais militares do estado do Acre e o corregedor geral da Polícia Civil.
Após uma reunião entre os oficiais e corregedor da Polícia Civil a sargento Uchoa foi liberada e retornou ao plantão no Batalhão em que presta serviço.
Segundo o vice Presidente da Associação dos Militares do Acre, Silva Neto a prisão da militar foi arbitraria e situações semelhantes estão acontecendo com frequência durante o plantão do delegado Pedro Resende e que a associação entrará com providencias legais contra o delegado Pedro Resende por considerar que houve abuso de poder e arbitrariedade na prisão da militar.
Os oficiais militares que acompanharam o caso informaram que a policial militar não sofrerá nenhuma punição por ter se negado a fornecer o número do celular pessoal e comungaram a mesma opinião da AME de que a prisão foi arbitraria.
O corregedor geral de polícia Civil, delegado Josemar Pontes, o delegado da Capital e Interior, Nilton Moscaro que também foram a DEFLA não quiseram falar sobre o assunto limitando a dizer que nesta quinta-feira (05) esclarecimentos seriam repassados em coletiva a Imprensa.
O que aconteceu nesta quinta
Pedido de afastamento – Em coletiva nesta quinta-feira (05) representantes da Associação dos Militares do Acre – AME declarou que a entidade pediu o afastamento do delegado da Delegacia de Flagrantes – DEFLA, impetrou uma ação por danos morais contra o Estado, pelo fato ter ocorrido durante a atividade policial e que também registrar uma denúncia no MP e Corregedoria de Polícia Civil.
Não há o que ser investigado– O corregedor-geral da Polícia Civil, Josemar Portes, afirmou que não há o que apurar e negou que delegado tenha dado voz de prisão a sargento da Polícia Militar.
“Não há o que ser apurado, houve uma mera divergência por conta de um ponto específico. Ninguém foi detido ou preso”. Declarou o corregedor.